Querida avó,
Não posso deixar de partilhar a minha felicidade pelo facto do nosso livro “Viagem às Memórias de Portugal”, chegar esta semana aos pontos de venda. Como sabes, não sou escritor nem jornalista. Tenho o maior respeito pelos profissionais desta área, que fazem da escrita a sua profissão.
Esta aventura de escrever crónicas, começou como uma “brincadeira” para estarmos com a cabeça ocupada durante a pandemia. Crónicas que tiveram início há quatro anos, e semanalmente são publicadas, na revista Luz, o suplemento do jornal Nascer do Sol. Há dois anos publicamos o livro “Diário da avó e do neto”, com a compilação das crónicas. Foi um sucesso de tal forma que a Caminho, a nossa editora, decidiu publicar um novo livro com a compilação de mais crónicas.
Estou muito feliz com o resultado. A capa é inspirada na tua máquina de escrever, na qual teve início o teu amor pela escrita.
Tal como o título indica, o livro leva os leitores numa viagem pelas memórias do nosso país. Os mais velhos vão recordar personalidades, situações, locais… que os vão fazer recordar outros tempos. Os mais novos vão ficar a saber o que foi a Feira Popular, quem foram personalidades como: Fernando Peça, Beatriz Costa, Maria de Lourdes Modesto, Prof. José Hermano Saraiva.
Quem se recorda da “Gabriela Cravo e Canela”, o “Sitio do Picapau Amarelo”, do quadro do Menino da Lágrima, do Galinho que” adivinhava” o tempo???
É tudo isto, e muito mais, que podem encontrar numa “biblioteca de memórias” comuns a todos nós.
Boa viagem a todos que entre nesta máquina do tempo.
Obrigado ao Jornal Sol e à Editora Caminho. Acima de tudo, um grande obrigado a todos os que estão retratados no livro e a todos os leitores que seguem o nosso trabalho, comentam o que escrevemos e dão-nos sugestões.
Somos o resultado da soma daquilo que tem sido feito até hoje.
Bjs
Querido neto,
Como sabes, não gosto de falar dos meus livros. Parece que estou a elogiar-me a mim mesmo. Mas percebo o teu ponto de vista. Acabas por não falar do livro, mas sim de tudo o trabalho que resulta no livro.
Também estou muito grata ao Jornal Sol e à Editora Caminho.
Adorei o pré-lançamento do livro. Gosto imenso do António Sala. Não podias ter escolhido melhor pessoa para apresentar o livro. Logo ele que deu a conhecer inúmeras pessoas e teve uma ligação de excelência com a avó, a quem chamava mãe.
Também estou muito feliz por o Luís Marques Mendes e o Afonso Reis Cabal terem aceitado o convite de escreverem os prefácios do livro.
E são precisamente parte desses prefácios que passo a referir:
«Publicadas originalmente no semanário Sol, estas crónicas vestidas de carta têm o dom da simplicidade. Quer dizer que também têm o dom da sabedoria. Sem mascararem os temas de uma complexa parafernália que tantas vezes serve para esconder a essência das coisas, Alice Vieira e Nélson Mateus espantam-se em conjunto, insurgem-se em conjunto, maravilham-se acompanhados. E sempre, entre um e outro, encontramos contrapontos, volte-faces e opiniões completadas ou contrariadas, o que faz desta leitura um dueto. As duas vozes dissonam em harmonia» – Afonso Reis Cabral
«Um país é feito de pessoas. Umas mais notórias do que outras. Mas todas notáveis no contributo que dão para a sua pátria. Neste livro, os autores divulgam crónicas sobre alguns bons exemplos. Exemplos que importa recordar e homenagear. A cultura da gratidão é, afinal, um sinal de maturidade e superioridade. Só somos grandes se soubermos ser gratos» – Luís Marques Mendes
Quem ler o livro irá ter oportunidade de ler os prefácios na totalidade, de ver as lindas gravuras e muito mais.
Espero que em breve dês início a tertúlias em universidades sénior e outros espaços, para abordares todos estes temas.
Bjs