Mar Vermelho. Missão da UE resgata tripulantes de navio atacado

A UE lançou uma missão militar há seis meses no Golfo de Aden com um mandato defensivo para escoltar navios comerciais e responder a possíveis ataques dos rebeldes iemenitas no mar

A missão da União Europeia (UE) no Mar Vermelho anunciou esta quinta-feira o resgate dos tripulantes de um petroleiro grego atacado na quarta-feira. 

O navio grego “Sounion”, com uma tripulação de 23 filipinos e dois russos, foi atacado duas vezes ao largo da costa do Iémen, sofreu um incêndio a bordo e ficou à deriva no Mar Vermelho. O ataque não foi reivindicado, mas os terroristas houthis do Iémen têm atingido navios com ligação a Israel desde que começou a guerra em Gaza há 10 meses.

Em comunicado, a missão da UE revelou ter resgatado todos os tripulantes, e que estes  estavam “a ser transferidos para Djibuti, o porto de escala seguro mais próximo”. Durante a operação, o navio “Aspides” da missão europeia “destruiu um navio de superfície não tripulado que constituía uma ameaça iminente”.

A UE lançou uma missão militar há seis meses no Golfo de Aden com um mandato defensivo para escoltar navios comerciais e responder a possíveis ataques dos rebeldes iemenitas no mar.

O navio grego não solicitou a proteção da força marítima da UE, disse a missão, mas foi a pedido do respetivo comandante que se realizou a operação de resgate da tripulação.

O ataque teve lugar a oeste de Hodeida, um dos quartéis-generais operacionais a partir do qual os houthis lançam os ataques contra navios ligados a Israel.

Desde fevereiro de 2024, o “Aspides” repeliu 18 ataques a navios mercantes, incluindo incidentes com mísseis balísticos. A missão da UE registou mais de 300 pedidos de intervenção, que resultaram na escolta de 216 navios internacionais nas águas do Mar Vermelho.