Guterres. “Timor ganhou a batalha da independência, agora tem de ganhar a do desenvolvimento”

“Quero dizer que as Nações Unidas na sua limitada capacidade, mas com total empenhamento estão inteiramente ao lado do Governo de Timor-Leste para, de acordo com as estratégias do Governo de Timor-Leste, poder apoiar a vitória da batalha do desenvolvimento”, acrescentou

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou, esta quinta-feira, que Timor-Leste já venceu a batalha da independência e da democracia, mas que agora enfrenta “a batalha do desenvolvimento”.

O líder da ONU afirmou que: “Timor-Leste ganhou a batalha da independência, da democracia e como secretário-geral das Nações, naturalmente, sinto orgulho em que as Nações Unidas tenham estado ao lado do povo de Timor-Leste na luta pela independência e na consolidação da democracia”.

Guterres, que está em Díli à margem das celebrações dos 25 anos do referendo que levou à restauração da independência do país, falava aos jornalistas, à saída de um encontro com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, e alguns membros do seu executivo.

“Mas Timor-Leste tem agora para ganhar a batalha do desenvolvimento e quero dizer que as Nações Unidas na sua limitada capacidade, mas com total empenhamento estão inteiramente ao lado do Governo de Timor-Leste para, de acordo com as estratégias do Governo de Timor-Leste, poder apoiar a vitória da batalha do desenvolvimento”, acrescentou.

O responsável da ONU admitiu ainda estar impressionado com o compromisso do Governo de Timor, em matéria de de segurança alimentar e investimento na agricultura, defendendo que estes são “desafio crucial para o êxito do desenvolvimento”.

“Fiquei também muito impressionado com o facto de Timor-Leste ter hoje uma capacidade de afirmação internacional que é absolutamente notável”, acrescentou.

Guterres afirmou também que Timor-Leste é uma voz particularmente respeitada nas Nações Unidas”, numa altura em que a organização se prepara para organizar, em setembro, a Cimeira do Futuro.

“A Cimeira do Futuro vai procurar pôr em cima da mesa as reformas indispensáveis para que as instituições multilaterais possam responder aos problemas do nosso tempo, alterações climáticas, desafios da inteligência artificial e à multiplicação enorme de conflitos e desigualdades em que assistimos em todo o mundo”, explicou o secretário-geral da ONU.