Hugo Madeira. ‘Cada sorriso acaba por ter um bocadinho de mim’

Aos 38 anos, já é um dentista de renome. Destaca-se pela experiência em procedimentos complexos de reabilitação oral, combinando estética e função, mas acredita que a forma como vê os doentes e os trata é a chave para o sucesso. Fundador da Clínica Hugo Madeira e da Lisbon Dentistry Academy, é conhecido por utilizar equipamentos…

Aos 38 anos, já é um dentista de renome. Destaca-se pela experiência em procedimentos complexos de reabilitação oral, combinando estética e função, mas acredita que a forma como vê os doentes e os trata é a chave para o sucesso. Fundador da Clínica Hugo Madeira e da Lisbon Dentistry Academy, é conhecido por utilizar equipamentos de ponta. É igualmente influente nas redes sociais, onde partilha conhecimentos e ‘Antes e Depois’ de doentes. Para o médico dentista, a combinação de ciência, tecnologia e arte é aquilo que o faz chegar longe.

É um dos dentistas mais conhecidos em Portugal, especialista em implantologia e estética dentária. Teve a primeira clínica aos 25 anos, a segunda aos 27 e, volvidos alguns anos, criou a Clínica Hugo Madeira: de alta tecnologia e localizada em Lisboa, destaca-se por oferecer tratamentos inovadores e personalizados em várias áreas da odontologia. É precisamente neste espaço que Hugo Madeira nos recebe. O médico formou-se em Medicina Dentária, em 2007, pela Universidade de Lisboa, completou o mestrado dois anos depois, e especializou-se em implantologia e cirurgia oral. É reconhecido pela sua experiência em procedimentos complexos de reabilitação oral com foco na estética e na função. Para além da implantologia, Hugo Madeira também se especializou em áreas como a estética dentária e os tratamentos minimamente invasivos. Como explica à LUZ, a sua abordagem ao tratamento dentário é centrada no doente, com um forte foco na combinação de tecnologia de ponta e técnicas avançadas para garantir resultados estéticos e funcionais de alta qualidade. Por este motivo, a clínica é equipada com as mais recentes inovações tecnológicas, incluindo scanners digitais, impressoras 3D e sistemas de planeamento digital, o que permite a personalização máxima dos tratamentos.

Participa frequentemente em conferências, workshops e cursos de especialização, onde partilha os seus conhecimentos e técnicas inovadoras com outros profissionais da área. Além da sua prática clínica, o médico dentista também é ativo nas redes sociais e nos meios de comunicação, onde partilha conteúdo educativo sobre saúde oral, dicas de cuidados dentários, insights sobre as mais recentes tendências em estética dentária e ‘Antes e Depois’ de doentes. Tem a esperança de que a sua presença online contribua para aumentar a consciencialização sobre a importância da saúde oral e a acessibilidade de tratamentos dentários de alta qualidade.

Para Hugo Madeira, que cumprimenta membros da equipa e doentes com o mesmo sorriso, a clínica não é apenas um espaço para tratamentos, mas também um centro de formação e inovação em medicina dentária. O médico dentista, que frequenta uma pós-graduação, de um ano e meio, em longevidade e medicina integrativa, acredita que o atendimento que prestam, juntamente com uma abordagem que combina ciência, tecnologia e arte para transformar sorrisos, muda totalmente a vida dos doentes. Doentes esses que, no sorriso, têm sempre um bocadinho de si.

Numa entrevista falou sobre o seu início na medicina dentária. Disse que teve bons exemplos. Quais foram?

Desde muito cedo disse que queria ser dentista. Havia um tio meu que era dentista. Não posso dizer que é tio, mas é como se fosse. Havia uma influência da medicina dentária muito próxima da minha família e foi alguém que realmente também me motivou para ser dentista. Isso realmente faz-nos começar a trilhar o nosso caminho. Mas eu também sempre olhei para a medicina dentária e tentei sair daquilo que existia, tentei fazer algo diferente. Ou seja, olhei para a medicina dentária e vi que havia muito por fazer. Então… Como é que nós vamos olhar para uma área da saúde, que é uma área de negócio, e dar-lhe uma outra graça, um outro carinho? Torná-la mais criativa e, ao mesmo tempo, criar uma melhor experiência para o doente?

Talvez sendo um médico não tão formal?

Sim e olharmos para a saúde e não tratarmos o doente apenas como doente, mas também como ser humano. [Cumprimenta membros da equipa] Por isso mesmo, temos todos os tipos de aparelhos. Até os mais complexos. E, por exemplo, tratamentos que são muito populares agora como os alinhadores transparentes. Hoje em dia, há esta facilidade. Por exemplo, é ótimo para quem não vive em Lisboa ou até vive noutro país. É muito mais prático, é mais user-friendly. E, acima de tudo, nós conseguimos também ter uma timeline muito mais específica e a pessoa consegue ter noção de como vai ficar. Daqui a um ano e meio ou daqui a nove meses, sei quando é que o meu tratamento vai terminar. Também consigo perceber na medida do tratamento onde é que os meus dentes vão estar. E a pessoa vai usufruindo mais dos resultados ao retirar o alinhador para comer, para lavar os dentes. Não tem de esperar até ao final.

Os tratamentos inovadores aliam-se à vertente humana, é isso?

Exatamente! Temos a tecnologia de ponta, mas também a parte humana muito forte. É formada e competente. E, claro, não descuramos a vertente digital. Há muitas pessoas que vivem fora e têm consultas online. Por exemplo, enviamos os aparelhos para casa das pessoas. Como é algo feito em casa e não é necessário tanto acompanhamento médico, pode ser feito via digital. Isto também é resultado da pandemia. Mas depende da área de que estamos a falar. Uma primeira consulta ou o pedido de uma segunda opinião, por exemplo, ou então de coisas mais complexas… Temos de ver como é que aliamos o tratamento à comodidade. E isto aproxima-nos muito dos nossos seguidores e doentes.

Começou a trabalhar em nome próprio aos 25 anos.

Sim, na Caparica. E, aos 27, abri a minha clínica no LX Factory. Foi um projeto bem louco. Bem diferente na altura. Estava a dar os primeiros passos na medicina dentária e tentei chamar um bocadinho à atenção e dar outra experiência aos doentes. Estava habituado a trabalhar naquelas clínicas muito fechadas, em que as pessoas passam o dia inteiro a trabalhar entre quatro paredes, muitas das vezes quase sem janelas e eu sentia-me muito sufocado e queria que as pessoas pudessem ter experiências diferentes e mais enriquecedoras. Era um open space, mas eu estava tão farto de estar fechado que quis cubos acrílicos sem tecto! Só com cortinas meio transparentes. Lá fluía o ar, fluía toda a energia e estávamos rodeados de boa arte, boa música, pessoas simpáticas e realmente dei à medicina dentária outra visão. É claro que isto foi interessante até certo ponto. Depois começou a tornar-se mais complexo por questões logísticas e sendo eu também da área da cirurgia, precisava depois de um outro tipo de conceito, que foi interessante enquanto jovem dentista para me afirmar, se calhar no mercado de outros players que tinham o dobro da minha idade.

É por tentar marcar pela diferença que se distingue dos seus colegas?

[Bom dia! Tudo bem? Peço desculpa, são dois dos meus doentes] Sim, foi essa questão de dar uma nova roupagem à medicina dentária. Foi isso que me permitiu ir marcando terreno. Foi um conjunto de situações, no fundo. O facto de tentar ter sido um pouco provocador com essa questão toda da clínica, da parte da imagem, do design, de querer tratar uma clínica como se fosse uma casa e receber os doentes como se fossem os meus amigos, os meus convidados… Acho que toda essa parte foi interessante! E, depois, também aquela energia e aquele desejo de conquistar mais e mais e de crescer e de fazer crescer a minha visão. Aquilo de que sempre gostei foi da área da reabilitação, da reabilitação estética e desta funcionar, de poder dar aos doentes mais qualidade de vida, mais autoestima. E talvez o que me diferenciou mais… Acho que talvez tenha estado no sítio certo, à hora certa e depois aliado ao facto de estarmos no nosso espaço com o projeto inovador… E tudo isto coincidiu com o grande boom das redes sociais e pude transmitir a minha mensagem aos doentes e também aos eventuais doentes.

O que era totalmente diferente daquilo que tinha vivido no princípio da sua carreira.

Se calhar, na altura, era tudo um bocadinho old school, mais frio e mais institucional. E eu apresentava-me se calhar como alguém mais próximo, mais acessível. Com uma parte mais emocional, com mais atenção à parte emocional das pessoas, a tratar o doente como um todo. Quero que a medicina dentária seja para todos. É esse o nosso foco. E somos muito conhecidos também pela parte da estética e da função, mas não deixamos de ser mesmo uma clínica para toda a família. E é esse o nosso propósito. Agora vamos ao segundo piso. É onde vêm para fazer intervenções maiores. Aqui acabam por fazer mais os processos de reabilitação, de cirurgia. Desde a cirurgia de implantes, à cirurgia de gengivas, à periodontologia… Por exemplo, fazemos a remoção total dos dentes do doente a reconstrução no mesmo dia. Somos muito procurados por isso.

Também, lá está, através das redes sociais.

Acho que é um pouco como o artista que mostra a sua obra de arte. Nós dentistas e médicos, principalmente dentistas e médicos que trabalham na área da estética, aquilo que nós mostramos é o que nós fazemos, é a nossa bandeira, é a nossa arte. É a nossa identidade, não é? Porque cada um de nós tem a sua visão. E os nossos sorrisos acabam por ser um bocadinho de nós também. Aqui é o nosso estúdio, todos os doentes são fotografados desde a primeira consulta, porque trabalhamos muito com a imagem e, acima de tudo, a boca acaba por ser um lugar pequenininho escuro [risos]. E assim conseguimos fazer boas fotografias, conseguimos ampliá-las. Vemos restaurações que não estão adaptadas, conseguimos ver lesões, conseguimos ver realmente muita coisa e serve também para o nosso registo. E mesmo para o doente perceber o estado da sua boca, o que pode ser alterado.

Uma coisa é olharmo-nos ao espelho, outra é sermos fotografados.

Claro! Por isso mesmo, partilhamos estas fotografias todas com os doentes para que consigam perceber a evolução do seu tratamento.

Fotografam-nos no início e no fim ou também durante o processo?

Depende dos casos. Nos casos dos implantes dentários, imaginemos, é muito importante irmos adaptando depois os dentes em si à fase da pessoa, à identidade da pessoa. Está a ver aquela doente ali? [Aponta para uma senhora que está a fazer uma intervenção, a alguns metros de nós] Vem de muito, muito longe. Colocou os implantes há alguns meses para ter um sorriso completo!

Conhece todos os doentes?

Acabamos por ser uma família também. Quero que as pessoas se sintam bem-vindas e bem acompanhadas. E a empatia é também algo que nos define aqui e é fundamental. Quando uma pessoa vem ao médico precisa de ser bem tratada e compreendida.

Mas dirige a clínica e podia ficar, como tantos médicos, fechado num gabinete. Ninguém o conheceria, diriam que nunca o tinham visto…

[Risos] Sim, podia, mas não é essa a minha visão! Tento fazer as primeiras consultas sempre, mas tenho uma colega que me ajuda muito. E, depois, elaboro o plano de tratamento de cada doente. Mas não o acompanho a 100% em todas as etapas. Portanto, é fundamental ir várias vezes à sala de espera para que os doentes me vejam, falem comigo, saibam que me preocupo. O plano é definido por mim e sou eu que dou a cara.

Como é que escolhe quem acompanhará durante todo o processo?

Temos reuniões clínicas semanais onde realmente estudamos e projetamos os casos de todos os doentes que recebemos e aí definimos, em equipa, quem é que vai ser o médico mais indicado. E, muitas das vezes, não se trata apenas da técnica do profissional. É entender quem é que se adequa melhor enquanto ser humano. Tentamos fazer o melhor match entre médicos e doentes.

Como se fosse um Tinder dos dentistas?

[Risos] Podemos interpretar dessa forma, sim! Estamos muito relacionados com a parte emocional, é para nós muito importante esta tríade de corpo, mente e sorriso. Acaba por ser o nosso sucesso. É muito importante realmente estarmos atentos à energia, às emoções das pessoas, às expectativas, porque é muito mais do que dentes.

Não se pode olhar para alguém e assumir que não lava bem os dentes por x razão ou considerar que está com o sorriso com falhas devido a y.

Precisamente. Sente-se aqui que vou mostrar-lhe alguns casos. [Mostra o ‘Antes e Depois’ de um doente] Por exemplo, este doente vai colocar dois implantes. Há uns meses, teve um ótimo enxerto e desenhámos o plano. Fazemos a cirurgia sempre digital e depois criamos estas guias. Há um protocolo específico de brocas, para saber onde é que o implante fica naquela posição. Ou seja, conseguimos fazer quase a cirurgia de olhos fechados. Em termos de pós-operatório, é ótimo porque incha menos, dói menos. A pessoa fica muito mais confortável. Podemos ficar todos mais felizes com ótimos resultados. E conseguimos também, através destes sistemas todos, ensaiar logo na primeira consulta do doente como é que ele pode ficar. As pessoas vêm cheias de expectativas e nós conseguimos logo começar a traçar algum ‘Depois’ logo na primeira consulta. [Passa para outro caso] Vou mostrar-lhe aqui. Só… Ah, já nem conhecia esta senhora! Está tão diferente! A cirurgia foi em 2019, portanto já foi há 5 anos. [Mostra outro] Este rapaz… Teve muitos dentes que não lhe nasceram. Com o aparelho, pusemos os dentes na posição certa para pôr implantes.

Mas fizeram algo enquanto usava aparelho? Ou só antes e depois?

Fomos acompanhando, fomos acrescentando dentes com implantes, sempre com o Invisalign. Pronto, imagino como é que ele era. Começou o tratamento em 2018. Com a covid-19 demorou imenso tempo, mas hoje está assim. Está mesmo muito bem! Sou suspeito, mas julgo que fazemos coisas realmente muito, muito, muito, muito bonitas e muito naturais. E, acima de tudo, nestes casos, tentamos aproveitar os dentes que estão minimamente saudáveis ao máximo.

Mas também têm mais trabalho.

Claro, podíamos simplesmente extrair todos os dentes. Mas, desta forma, é tudo melhor e promove um maior bem-estar. As pessoas choram, essencialmente, de emoção. E não de dores! O doente faz parte de todo o processo, do início ao fim, e há a máxima transparência sempre, a máxima partilha de todas as informações. [Mostra outro caso] Este é um caso de uma doente… Um caso de televisão. Fizemos duas pontes fixas sobre implantes. Aqui temos os implantes colocados e ela ficou assim, com as pontes fixas. Ah! Incrível! Ficou muito bonita!

Por falar em televisão, o seu percurso também é muito marcado por ela.

Há cerca de 10 anos comecei na SIC, ainda muito jovem, a participar em programas como os extreme makeovers e a ser opinion leader em temas de medicina dentária. O objetivo sempre foi educar o público sobre higiene e saúde oral, mostrando como a medicina dentária evoluiu e que os tratamentos estão mais acessíveis e eficazes. Hoje em dia, tratamentos como implantes, facetas dentárias e aparelhos podem transformar sorrisos em pouco tempo. Este trabalho tem ajudado a sensibilizar o público e a impulsionar a prática clínica de muitos colegas pelo país. Fico feliz! Vamos continuar? [Caminhamos até ao laboratório] Estas duas meninas são técnicas digitais. Estão a terminar um desenho. Por exemplo, aqui é um modelo inferior. Aqui é o superior. Depois, passamos para as máquinas. Onde todos os elementos são criados. Depois, daqui, passam para a nossa área da cerâmica, onde são terminados, são polidos, a cor é tornada mais natural, etc. É tudo feito aqui ao máximo de detalhe.

Tem uma equipa de recursos humanos que faz o recrutamento ou tem sempre uma palavra a dizer?

Tenho, sim. Gosto de saber quem são todos os elementos da minha equipa. Por isso é que somos rápidos também na entrega do resultado. Daí termos temos doentes a procurarem-nos a partir de outras cidades, até de outros países. Temos muitos portugueses emigrantes, por exemplo, que vêm a Portugal tratar dos dentes. E acontece o oposto: recebemos estrangeiros que vivem cá. Organizamos muito bem todas estas viagens para minimizar o número de vindas a Lisboa e a nossa equipa também prepara-se para receber este tipo de doentes.

Qual é o doente que veio de mais longe?

Penso que tenha sido um português que viva no Japão!

Entre tantos casos, há algum que o tenha marcado especialmente ou não consegue escolher?

Isto é quase como nos atores, não é? Não há pequenos papéis. Todos os casos acabam por me marcar um bocadinho. Cada sorriso acaba por ter um bocadinho de mim, de certa forma. Tentamos ir muito mais além da parte estética do sorriso, mas do que é que isso vai impactar na pessoa, o que a pessoa vai mastigar, como é que o sorriso vai permitir ter mais equilíbrio… E depois há os casos desafiantes. Por exemplo, quando temos de pôr um dente central. O grau de perfeição tem de ser muito maior para que o dente seja perfeito e natural e consiga igualar um dente natural. Também gosto imenso dos casos de implantes porque conseguimos transformar uma pessoa rapidamente. É quase como se tivéssemos uma tela em branco.

E isso vai mudar com a área da prevenção?

Sim, creio que sim. Tanto que investimos nisso aqui na clínica. Vão crescer áreas como a da medicina preventiva.

O trabalho que partilham nas redes sociais acaba por funcionar como um alerta? Por exemplo, alguém pode aperceber-se de que deve ir ao dentista por ver os casos que divulgam?

Tenho essa convicção. Porque as pessoas identificam-se. Também temos de comunicar diversos casos para que cada pessoa possa encontrar algo em comum com os doentes que já tratámos ou estamos a tratar. Isto porque somos todos diferentes. [Saímos de um elevador e entramos noutro piso] Isto ainda é um segredo! Será um piso dedicado à higiene oral. Estamos a investir na técnica GBT, que é a Guided Biofilm Therapy.

O que é que a caracteriza?

Acaba por ser menos invasiva do que a técnica tradicional de destartarização e preserva mais os dentes, o esmalte dentário. Pomos um corante na boca do doente e ele consegue ver onde é que tem placa bacteriana. Onde é que deve ter mais cuidado a escovar e a passar o fio dentário. Aqui neste piso vamos manter, como nos outros, os gabinetes muito confortáveis, com muita luz. Estamos dedicados a esta experiência preventiva. Hoje em dia, nós sabemos cada vez mais a ligação da nossa boca, das bactérias que temos na boca que estão ligadas a outras doenças crónicas e inflamatórias. Portanto, realmente, se nós conseguirmos melhorar a nossa saúde oral através da nossa boca, estamos a prevenir todas as doenças inflamatórias. E isto acaba por ser muitas vezes bidirecional. Se nós temos um problema com outro órgão, a nossa boca também vai estar afetada. Temos de cuidar e prevenir.

Se alguém tiver dificuldades financeiras, mas quiser muito tratar dos seus dentes aqui… Flexibilizam o pagamento?

Sim, claro. Estamos sempre do lado dos doentes. Oferecemos vários planos de tratamento por isso mesmo. Vamos ao encontro da expectativa financeira do doente. Damos prioridade às situações mais urgentes e não olhamos tanto para a parte estética numa primeira fase. Estamos aqui para compreender, ouvir e ajudar. É uma clínica para toda a família. Veem-nos como uma clínica mais cara, mas depende do tipo de tratamento. Podemos jogar com materiais, podemos jogar com implantes… Mesmo a nível de resinas, podemos jogar com marcas de implantes diferentes, com tipos de materiais diferentes… Agora, vamos ao piso da medicina integrativa. [A porta do elevador abre-se] É a nossa grande bandeira neste momento: sempre foi, mas agora estamos a tornar real o sonho de podermos tratar não só da boca, mas ligar a boca ao corpo e ao resto da saúde. Então, aqui fazemos o acompanhamento dos doentes através da medicina integrativa. Por exemplo, um pós-operatório de implante ou extração. O doente vem aqui e pode estar nesta máquina a fazer uma terapia de indução iónica, que vai alterar os potenciais de membrana das nossas células, proporcionar a regeneração e aumentar a longevidade. É muito interessante para praticamente todos os doentes. Também estamos a trabalhar com uma life coach. E, claro, com a área da nutrição: é a base de tudo. Temos também o departamento de saúde mental com psiquiatra e psicóloga que trabalham connosco para mantermos o equilíbrio dos doentes. Não podemos apenas olhar para eles e tratar dos dentes. Temos de perceber como é que essa pessoa vive, em que meio e o que é que ela pensa, o que é que ela come. E tentamos realmente que a clínica seja vista dessa forma mais abrangente.

Já me deu um lamiré daquilo que vai acontecer, mas o que pode revelar mais acerca do futuro?

O futuro passa muito por aqui: é ligar a medicina dentária à saúde e à longevidade e através do sorriso proporcionar maior qualidade de vida aos nossos doentes.