Ao que tudo indica, o alvo estaria bem definido de antemão. Na madrugada de terça-feira, o Palácio de Monserrate, em Sintra, foi assaltado, tendo os suspeitos levado dois jarrões, segundo o Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana, de valor «considerável». O_alerta foi dado ainda durante a madrugada pelo segurança do monumento, que deu pela falta das peças. Mas nessa altura os assaltantes – que terão escalado o edifício e arrombado uma janela para entrar – já estavam em fuga.
A Parques de Sintra – Monte da Lua, que gere o monumento, confirmou que «houve uma intrusão», sem adiantar mais pormenores. «Foram tomadas todas as diligências e o caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária», o que se deve ao facto de se tratar de um roubo de obras de arte.
O valor dos jarrões também não foi revelado, tendo sido estimado pelo Correio da Manhã em cerca de 100 mil euros.
Mandado construir por Francis Cook, à época um dos homens mais ricos de Inglaterra, o Palácio de Monserrate ficou concluído em 1865 e constitui um expoente da arquitetura revivalista neo-árabe. O proprietário era um ávido colecionador e ali reuniu um importante acervo de pintura, escultura e artes decorativas. Depois do leilão de 1946 e da dispersão do recheio, a Parques de Sintra tem tentado em tempos mais recentes recuperar algumas das obras que outrora decoravam o interior, como é o caso dos dois jarrões roubados.