Chamadas, mensagens, notificações de sites e aplicações, comunicações promocionais que aumentam todos os dias após consentidas as utilizações de dados a cada pesquisa de uma informação… A probabilidade de o telemóvel hoje estar sem tocar durante largos minutos é quase nula. Pode acionar-se o modo silencioso, apesar da vibração provar em seguida a sua resistência. Mas se para problemas, soluções, eis o disponível modo avião, o ícone mais querido daqueles que pretendem estar offline mas ainda assim com acesso ao telemóvel. E em caso de desespero, a derradeira embora inviável hipótese: desligar o smartphone. Algo quase impensável nos dias de hoje, em que já não é preciso sair de casa com a carteira, mas sim com a powerbank, não vá o telemóvel ficar sem bateria quando for preciso fazer o pagamento no supermercado.
Além disso, desligar o smartphone implica ainda saber o código de acesso ao mesmo, provavelmente colocado apenas na primeira vez em que se configurou o telemóvel – longe vai o drama de encontrar o cartão-tipo-raspadinha com o PUK depois de três tentativas falhadas.
Mas apesar de tudo e de tudo o que recebemos constantemente, há algo que não muda: e se o telemóvel toca a partir de certa hora, somos inevitavelmente invadidos por uma preocupação imediata, mesmo sem ainda sabermos do que se trata. Na segunda-feira, pelas cinco e 10 da manhã, quem não foi despertado pelo sismo, foi entretanto acordado por chamadas em tom de alarme, com vozes assustadas dos dois lados da linha – uns porque queriam saber se estava tudo bem, outros que respondiam que isso queriam saber eles dada a hora do contacto telefónico.
Depois do susto, não faltaram piadas e teorias para descomprimir, mas o risco de abalo sísmico no País deixou o alerta para situações futuras, se quisermos acreditar que algumas tragédias podem ser evitadas.
E talvez algumas pudessem ser: a propósito dos telemóveis e das partilhas, nos últimos dias ficou conhecido mais um caso de uma morte que chocou o mundo. A queda da ginasta checa de 23 anos do castelo Neuschwanstein, na Alemanha, voltou a alertar para os riscos que muitos continuam a correr simplesmente para conseguir a melhor selfie para publicar…