A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) informou, esta quarta-feira, que os seis ativistas, do movimento Climáximo, que invadiram o aeródromo em Tires, Cascais, em dezembro de 2023 foram condenados a 15 meses de prisão, com pena suspensa por igual período.
A entidade judicial, numa nota publicada na sua página, refere que, em cúmulo jurídico, os arguidos foram também condenados a 135 dias de multa, substituída pela prestação de igual número de horas de trabalho a favor da comunidade.
Já em julho passado, os seis ativistas tinham sido condenados, pelo Juízo Local de Pequena Criminalidade de Cascais, “pela prática, em coautoria material, de um crime de atentado à segurança de transporte por ar, água ou caminho-de-ferro na pena de 15 meses de prisão”.
Os arguidos foram ainda condenados pela prática dos crimes de introdução em lugar vedado ao público e de dano.
O PGDL explica que o tribunal “deu como provado que, no dia 06 de dezembro de 2023, os arguidos, membros de uma organização ativista ambiental, acederam à zona reservada de segurança do Aeródromo Municipal de Cascais e, de seguida, acorrentaram-se ao trem de aterragem de uma aeronave aí estacionada, bem como a pulverizaram com tinta”.
Foi também dado como provado que, em consequência da conduta dos arguidos, o tráfego aéreo de e para o Aeródromo esteve interditado, obrigando ao desvio de um voo e o cancelamento de 11 voos.
Os arguidos ainda podem recorrer desta decisão, dado que a sentença ainda não transitou em julgado.
Os factos remetem para 06 de dezembro, quando seis jovens do movimento Climáximo foram detidos por terem invadido o aeroporto municipal, em Tires, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa, onde pintaram um jato privado e se acorrentaram ao aparelho, em protesto contra voos de luxo.