Portugal

Cientes do novo Mundo em que vivemos e iremos viver, devemos valorizar o que é nosso e tudo o que temos tido a arte de ser e de receber. Devemos, mesmo, respeitar a História do que fomos, conquistámos e somos.

Tenho tido a sorte de poder viver Portugal. Com uma parte da Família em Vouzela, mas, este verão com grandes amigos nos Açores, mas também em Família no Algarve, Salvaterra de Magos e São Martinho do Porto.

Tudo isto ciente de que estamos em guerra e embrenhados em problemas políticos e geopolíticos. Mas, pior, em microproblemas Nacionais que nem deviam contar. Aliás, esperava e gostava que a liderança Nacional vigente se focasse nos grandes Desígnios que precisamos voltar a ter.

Cientes do novo Mundo em que vivemos e iremos viver, devemos valorizar o que é nosso e tudo o que temos tido a arte de ser e de receber.

Devemos, mesmo, respeitar a História do que fomos, conquistámos e somos.

Por isso, e com a enorme responsabilidade, não nos devemos comparar com quem é incomparável em valores e História e nos tenta, hoje, liderar e governar em termos globais.

Gostava de ver o actual Governo a pensar mais Portugal e a “arte de ser português”, ao invés da microeconomia da tesouraria e dos custos, cujos impostos rebentam com os micro e médios empresários hercúleos que tudo fazem e tudo pagam, com pseudo “apoios” que se centralizam no Estado, cada vez mais caro e ineficiente, e nos bancos (brokers) que tudo recebem e ganham mas pouco fazem pela economia real. Continua a lembrar Cipolla e Einstein (da teoria da estupidez e do cúmulo da insanidade).

Gostava de ver e viver num Portugal orgulhoso de si próprio pelas pessoas e uma língua (recurso imaterial e soft power) e a querer construir muito mais, sem medos, nesta Europa e com as actuais regras e “receitas” em decadência.

Gostava e quero que Portugal seja mais Portugal sem vergonhas e tabus, com as relações umbilicais que sempre tivemos com todos os países que falam a língua que comungamos (como sempre dizia o Professor Adriano Moreira “a língua que também é nossa”), sem preconceitos, mas com valor e amor. Porque a vida são valores e não “o preço”.

E hoje é o dia dos Valores de Portugal. Hoje é o Dia do Professor Adriano Moreira que faria 102 anos e que tanta falta faz a Portugal e ao Mundo em que nos tornámos.

Gostava, ainda, que nos deixássemos de mediocridades e que nos possamos voltar a posicionar, com toda a responsabilidade, como País âncora e farol do Mundo, como já fomos. Pois, parece, que o Mundo está sem rumo e precisa de países com a História e a arte de Portugal para poder voltar a ser o Mundo extraordinário que já foi.

Não penso nem crítico governos e/ou governantes que tudo fazem para o dia a dia que todos vivemos. Mas lutarei e não descansarei por ter sonhadores e pensadores que voltem a ter tempo para porem Portugal no lugar de Portugal.

Já fizemos, já fomos e, por isso, temos, pelo menos, a responsabilidade de saber e querer refazer e voltar a ser. Parece que o mundo precisará disso.

Porque a História não se compra, a História, a bravura e os Valores, têm-se. Saibamos respeitar isso.

Viva Portugal, os Portugueses e a língua portuguesa.

Viva o Professor Adriano Moreira que tanta falta nos faz e sempre fará e que hoje faz 102 anos.