PSOE contra declaração de Edmundo González como Presidente

Iniciativa do PP contou com votos a favor do VOX, PNV, UPN e Coligação Canária. PSOE, Sumar, Bildu e separatistas votaram contra.

Após mais de um mês refugiado na embaixada dos Países Baixos em Caracas na sequência do ato eleitoral venezuelano, Edmundo González rumou para o exílio em Madrid como consequência do aumento da repressão perpetrada pelo regime de Nicolás Maduro, que terá sido derrotado nas urnas a 28 de julho.

No Congresso dos Deputados em Espanha votou-se uma resolução na quarta-feira de modo a reconhecer González como Presidente Eleito da Venezuela.

Apesar de a iniciativa do Partido Popular ter sido aprovada com votos a favor do VOX, do PNV, do UPN e da Coligação Canária, PSOE, Sumar, Podemos, Bildu e separatistas catalães votaram contra.

Como noticiou o jornal espanhol El Mundo, o PSOE pede para que não sejam criadas «falsas expectativas» e o Governo insiste que é o único responsável pela condução da política externa.

Trata-se de um sentido de voto que melindra ainda mais o Governo de Pedro Sánchez, que estará, provavelmente, entre as exigências do ex-presidente José Luis Rodriguéz Zapatero – apologista e lobista do regime ditatorial de Maduro na Europa – e de Carles Puigdemont – foragido da Justiça espanhola que forçou Sánchez a aprovar uma lei de amnistia de modo a ter o seu apoio na investidura que lhe permitiu continuar a liderar o executivo espanhol.

 É mais uma machadada nos princípios democráticos sob os quais foi fundado o Partido Socialista Obreiro Espanhol e a condescendência do Governo perante um regime ditatorial ficará certamente como uma mancha na história do Partido e dos seus aliados.