A ministra da Administração Interna disse esta quinta-feira que “foram dadas todas as instruções e recomendações através do posto nacional” no momento do combate aos incêndios.
Na conferência de Imprensa da PROCIV, Margarida Blasco, garantiu que foram “dadas todas as informações, esclarecimentos e desencadeadas todas as declarações, alertas e recomendações pelas estruturas operacionais em tempo oportuno”.
De acordo com a governante, “do nosso ponto de vista, há um tempo para prevenir, há um tempo para agir e acompanhar os operacionais através do posto de comando nacional”, acrescentando que “há um momento para acompanhar os funerais e as famílias daqueles que por razões diversas perderam a vida no combate para salvaguardar a vida dos concidadãos e finalmente há um momento, como este, para falarmos ao país através dos órgãos de comunicação social. Bem sabemos que ainda não terminou.”
“É do conhecimento público que as boas práticas aconselham a que não haja intervenções desnecessárias no terreno das operações, nem intervenções e presenças desadequadas, quer no teatro de operações, quer no contexto comunicacional, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação, de prestação de esclarecimentos e recomendações oportunos e necessários às populações”, explanou Margarida Blasco.
A ministra da Administração Interna Margarida Blasco disse ter seguido o conselho das autoridades para “que não haja intervenções desadequadas e desnecessárias” no teatro de operações “por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação ou recomendações necessárias”.
Depois da ministra, na conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, o comandante da ANPEC fez o ponto de situação dos incêndios.
André Fernandes revelou haver, ao início da noite, 21 fogos ainda em curso, mobilizando um total de 2158 operacionais, 630 meios terrestres e 25 meios aéreos. Destes, 13 estão classificados como ocorrências significativas, com destaque para as quatro na sub-região de Viseu e quatro no Tâmega e Alto Douro.
O comandante antecipou ainda “uma noite de muito trabalho”, na sub-região de Viseu e especialmente nos incêndios de Arouca e de Castro d’Aire, que “tem dez frentes ativas, com pouca intensidade”.
“Com a alteração da situação meteorológica, mais favorável, vai haver uma janela de oportunidade durante a madrugada para os estabilizar, para durante o dia de amanhã os dar por dominados”, previu André Fernandes.
Contudo, com a alteração da meteorologia e a possibilidade de chuvas fortes durante a noite, a Proteção Civil alerta para a necessidade de tomar medidas de precaução relativas aos escoamentos de água, especialmente nas zonas ardidas.