A Renault alargou a sua gama com o Symbioz, modelo que se destina às famílias jovens, com filhos, que pretendem um veículo espaçoso e versátil, com uma bagageira superior à do Captur e um preço abaixo do Arkana na versão full hybrid. O Symbioz é o sétimo SUV da marca francesa e mantém a imagem dos mais recentes lançamentos. Além da nova cor azul mercúrio, destaca-se a forte personalidade da seção dianteira, com luzes diurnas LED e o novo símbolo Renault, e a vistosa faixa luminosa traseira. Os vidros traseiros escurecidos e as jantes de liga leve de 19 polegadas com um desenho exclusivo reforçam a imagem do modelo.
O habitáculo tem uma apresentação cuidada graças aos materiais utilizados. É muito fácil encontrar a posição de condução desejada graças à regulação elétrica do banco do condutor e ao acerto em altura e profundidade do volante. Já a visibilidade para trás não é a melhor devido à dimensão do óculo traseiro.
O Symbioz é mais comprido 17 cm do que o Captur, essa diferença faz-se sentir no compartimento para bagagem. O banco traseiro desliza 16 cm o que permite adaptar o espaço para as pernas dos passageiros que viajam atrás, em qualquer das configurações a habitabilidade traseira não é referência na categoria, mas é aceitável. O novo teto panorâmico em vidro permite ganhar alguns centímetros em altura para benefício dos ocupantes de maior estatura. O Scenic foi o primeiro a ter deslizamento do banco traseiro, a atual geração deixou cair essa funcionalidade que aparece agora no Symbioz. Na configuração normal, a capacidade da bagageira é de 492 litros, se o assento traseiro deslizar para a frente a capacidade aumenta para 624 litros e quando os bancos traseiros estão rebatidos cria-se um plano carga com formas regulares e uma capacidade de 1.582 litros, que permite transportar objetos volumosos. De salientar que este modelo dispõe de porta da bagageira elétrica. Estes são os grandes argumentos do Symbioz num mercado cada vez mais competitivo.
O Symbioz está carregado de tecnologia, com destaque para o sistema multimédia OpenR Link de 10.4 polegadas, que integra diversos serviços Google, incluindo navegação, é compatível com Android Auto e Apple CarPlay. O equipamento de série da versão Iconic compreende ar condicionado automático, cartão Renault mãos-livres, retrovisores reguláveis e rebatíveis eletricamente, sensores de chuva, regulador de velocidade adaptativo, câmara 3D com visão 360º e sensores de estacionamento à frente, à retaguarda e laterais, entre muitos outros elementos. Destaque para o teto panorâmico em vidro Solarbay (1.500 euros), que pode ser escurecido na totalidade e que funciona bastante bem pois filtra eficazmente os raios de sol. Esta teto pode ser controlado através de um botão ou pelo comando por voz via Google Assistant. Outro interessante opcional é o sistema de som premium Harman Kardon (850 euros).
A nível de segurança, o Symbioz etá equipado com 29 sistemas de ajuda à condução, incluindo o Active Driver Assist, que oferece o nível 2 de condução autónoma, com reconhecimento de sinais de trânsito e travagem de emergência automática, caso o condutor não detete um obstáculo. Além disso, incorpora o sistema de centralização na faixa de rodagem, regulador de velocidade adaptativo inteligente, controlo de estabilidade e tração, sistema de ajuda ao arranque em subida, alerta de ângulo morto, saída segura dos ocupantes, aviso e prevenção de saída de via, travão de estacionamento automático e alerta de fadiga e sonolência do condutor,
Este modelo tem por base uma plataforma técnica que utiliza a tecnologia híbrida não recarregável através de rede elétrica. A motorização full hybrid 145 cv, combina o motor a gasolina 1.6 com 94 cv, com dois motores elétricos: um de 49 cv, usado em determinadas situações de condução, e outro de 24 cv, para acionar a caixa de velocidade multimodo, ambos são alimentados por uma bateria de 1,2 kWh. Esta versão dispensa a ligação à corrente elétrica, pois o sistema recupera energia automaticamente nas fases de travagem e desaceleração graças ao sistema de travagem regenerativa. A velocidade máxima é de 170 km/h e a aceleração 0-100 km/h faz-se em 10,6 segundos, valores aceitáveis para um modelo familiar.
A baixa velocidade a condução no modo elétrico é bastante suave e agradável. Quando pressionamos o acelerador a fundo o motor responde com maior intensidade, mas torna-se menos agradável pela sonoridade, ao mesmo tempo que sentimos algum arrastamento da caixa de velocidades automática.
Através do Multi-Sense, o condutor pode escolher o modo de condução desejado entre Eco, Sport, Confort e Perso, fazendo variar a resposta do motor e da direção e a sensibilidade do pedal do travão. O condutor pode também selecionar a opção E-Save para garantir 40% da carga da bateria e fazer pequenos percursos no modo elétrico ou enfrentar estradas com acentuada inclinação sem perder performances.
Num percurso misto estrada/cidade registámos consumos entre os 6,3 e os 7,1 l/100 km, recorrendo algumas vezes ao modo Sport. Se utilizarmos o modo Eco e fizermos uma condução tranquila o consumo aproxima-se dos 4,7 l/100 km anunciados pela marca, o que constitui uma mais-valia para o utilizador particular e empresarial.
O Symbioz é um carro agradável de conduzir em qualquer tipo de estrada, e os excessos na condução são prontamente anulados pelos sistemas de segurança ativa que mantêm o carro no caminho certo. A direção tem assistência elétrica e dá uma boa perceção da condução a qualquer velocidade. A afinação da suspensão evita o adornar da carroçaria em curva e permite viajar com grande comodidade, quando encontramos piso irregular não há perdas de tração e as vibrações que chegam ao habitáculo são mínimas. Importa dizer que sendo um modelo familiar com uma potência mediana não é o modelo ideal para corridas, mas sim para uma utilização tranquila.
O Renault Symbioz está à venda a partir de 34.500 euros na versão Techno, a Iconic está disponível por 38.500 euros, embora esta versão custe 41.600 euros devido aos opcionais. Pode não ter o preço mais competitivo, mas tem a seu favor a agradabilidade de condução da versão híbrida, o conforto, o equipamento e o espaço para bagagem, argumentos mais do que suficientes para convencer qualquer família.