O programa português de incubação de empresas que potencia a aplicação de tecnologia espacial na Terra já contribuiu para a criação de mais de 200 empregos altamente qualificados e 6,4 milhões de euros de faturação anual.
O Instituto Pedro Nunes (IPN), de Coimbra, coordena desde 2014 o Centro de Incubação de Empresas da Agência Espacial Europeia em Portugal (ESA BIC Portugal), tendo apoiado, ao longo de dez anos, 62 startups.
A iniciativa procura o desenvolvimento de tecnologia e conhecimento para a exploração espacial e ao mesmo tempo aplicação de tecnologia e dados usados no espaço para utilização na Terra.
“São 62 startups que receberam um apoio de três milhões de euros ao longo destes dez anos. Estas empresas, atualmente, já faturam 6,4 milhões de euros anuais, com 54% para exportação e mais de 200 empregos altamente qualificados”, conta o diretor de Inovação do IPN.
Ao longo do processo, há empresas que acabaram por não vingar, mas o balanço é muito positivo, vincou Jorge Pimenta. O programa estende-se por todo o país e conta com projetos “de norte a sul, incluindo ilhas”, acrescentou o responsável, citado pela agência Lusa.
Para Jorge Pimenta, a grande missão do programa é assegurar que o conhecimento aplicado no espaço possa ter consequências e benefícios para “as pessoas no seu dia-a-dia”.