Os talibãs rejeitaram, esta quinta-feira, as acusações de discriminação de género, bem como outras violações dos direitos humanos, depois de Austrália, Canadá, Alemanha e os Países Baixos terem anunciado que pretendem responsabilizar as autoridades afegãs por discriminação de mulheres e raparigas no país.
“Infelizmente, está a ser feita uma tentativa de espalhar propaganda contra o Afeganistão através da boca de várias mulheres (afegãs) fugitivas e deturpar a situação”, escreveu Hamdullah Fitrat, porta-voz adjunto dos talibãs, no X.
“É absurdo acusar o Emirado Islâmico do Afeganistão de violar os direitos humanos e a discriminação de género”, lê-se ainda na mensagem.
Austrália, Canadá, Alemanha e Países Baixos anunciaram, esta semana, que pretendem avançar com um processo judicial contra a liderança talibã por violação de uma convenção da ONU sobre as mulheres, da qual o Afeganistão é signatário.
Recorde-se que em agosto, o Ministério dos Vícios e das Virtudes promulgou leis que proíbem as mulheres de andarem com o rosto descoberto e de levantarem a voz em público.