A Vasco Collection, uma coleção particular de arte moderna e contemporânea constituída a partir de 2001, faz o seu debute no espaço público este sábado, 28 de setembro, às 18h no MU.SA – Museu das Artes de Sintra.
Das 1100 obras que a constituem, foram selecionadas 84, da autoria de 44 artistas de 13 nacionalidades, para integrar a exposição O futuro nasce a cada amanhecer.
O corpo humano é o fio condutor da mostra, que procura também refletir sobre como uma coleção se projeta no futuro. «Partindo da representação da figura humana, tanto através da sua presença, como da sua ausência, e de ideias de representação e identidade, a exposição traça um percurso em partes iguais sensível e crítico, onde o corpo humano se apresenta em constante transformação», escrevem os curadores Luís Silva e João Mourão.
«Um corpo espectral e frágil gradualmente transforma-se num corpo social, histórico e politizado, no qual se inscrevem as marcas da geo-política contemporânea. Esse corpo, antropomorfizado ao limite, e recusando a possibilidade da sua existência fora da esfera das atividade humana, não pode não dar de si. Aos poucos, abandonando um ponto de vista antropocêntrico, começa a hibridar-se com outras formas de vida e transforma-se em algo que existe já fora da dialética humano-animal: um corpo que é geologia e meteorologia, energia e pensamento. Um corpo que extravasa já os limites da sua forma física, retornando à possibilidade de uma existência espectral, e que é o ponto de partida da exposição, dando conta da completude empírica da experiência humana», lê-se na folha de sala.
Entre os artistas representados na exposição contam-se tanto consagrados como emergentes, de Mário Cesariny, Júlio Pomar, Malangatana e Helena Almeida, a Ana Jotta, Carlos Bunga, Gabriel Abrantes e Yonamine. O futuro nasce a cada amanhecer está patente até 24 de novembro deste ano.