Os Bombeiros Sapadores de Lisboa iniciam na terça-feira uma greve, com duração de um mês, para exigir a revisão do Estatuto de Pessoal dos Bombeiros Profissionais da Administração Local.
Em declarações à Lusa, fonte do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) adiantou que a greve pode ainda ser alargada para novembro caso o Governo não responda satisfatoriamente às reivindicações dos bombeiros.
Em causa, diz António Pascoal, o sindicato, está a “revisão do Estatuto de Pessoal dos Bombeiros Profissionais da Administração Local, nomeadamente a revisão da tabela remuneratória, que garanta que a remuneração base não é inferior à Renumeração Mínima Mensal Garantida e uma justa e adequada progressão e promoção na carreira”.
“Nós temos um estatuto que não é revisto há 22 anos. Na parte remuneratória, os bombeiros sapadores ganham muito menos que o salário mínimo nacional. Neste momento, (…) estamos a falar de 722 euros de ordenado base num bombeiro sapador em início de carreira”, contou António Pascoal.
De acordo com o sindicalista, o ordenado que os bombeiros sapadores têm “é ilegal, inconstitucional, pois ninguém pode ganhar abaixo do Renumeração Mínima Mensal Garantida”
Além disso, os sapadores pedem também a correção da atual tabela remuneratória em mais de 52 euros, a atribuição de um suplemento de risco e a atualização do Suplemento de Disponibilidade Permanente.
“Quando houve um aumento, em 2023, do adicional de 52 euros na função pública pela inflação, os bombeiros ficaram de fora. Foram das poucas carreiras que não receberam porque é uma carreira que não é revista há 22 anos”, disse.