Cecília Artilheiro. “Sempre adorei ver nascer, é algo maravilhoso!”

Na Maternidade Alfredo da Costa (MAC) desde 1991, a enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia – que está há mais tempo naquela instituição – falou com o nosso jornal. Ao longo da carreira, o gosto pelo contacto com bebés intensificou-se, mas também lidou com situações traumáticas, como mortes inesperadas de doentes jovens

Como é que decidiu que queria ser enfermeira? Antes da especialidade, como decidiu “É isto que eu vou estudar e é isto que eu quero fazer”? 

Inicialmente eu queria muito ser professora. Candidatei-me ao curso, mas não cheguei a entrar. E depois decidi concorrer à enfermagem. Entrei, vim com outros colegas que já tinham estado comigo no Ensino Secundário e enveredei por esta área. Eram áreas de que eu gostava, a área do ensino e a área da saúde. Sempre adorei ver nascer, é algo maravilhoso!

E onde é que estudou?

Na Escola de Enfermagem Calouste Gulbenkian, que agora faz parte da ESEL. Antigamente, havia três escolas distintas. Inicialmente, tirei o curso de três anos. Hoje, o curso de enfermagem tem quatro anos e os estudantes podem logo seguir a especialidade que querem. Antigamente tínhamos de ter, no mínimo, dois anos de exercício da profissão para ir para a especialidade. 

Achei curioso que tenha dito que gosta de ver nascer porque, por exemplo, há o contraste com determinadas áreas da medicina e da enfermagem, por exemplo, a dos cuidados paliativos. Se bem que pode haver situações menos felizes na saúde materna e obstetrícia… 

Quando trabalhei nos cuidados intensivos respiratórios tinha muitas pessoas ventiladas. E uma coisa que me traumatizou imenso foi um jovem que tinha sofrido uma intoxicação. Quase no final de estar tratado, tinha uma cânula orofaríngea para abrir as vias respiratórias. A intoxicação tinha sido uma tentativa de suicídio. Quando estava quase a ter alta, arrancou a cânula. Toda a equipa tentou salvá-lo, mas não conseguimos. Foi um grande trauma para todos. Tínhamos doentes crónicos também, mas víamos morrer muita gente nova. E não era isso que eu queria para o resto da minha vida. Foi muito bom trabalhar lá. Aprendi muito, mas não era isso que eu queria. Gostava muito da área da obstetrícia e foi por aí que foi o meu caminho. Assim, com a entrada na Maternidade Alfredo da Costa, a minha paixão pelo contacto com os bebés intensificou-se. 

Estava a falar-me desse rapaz e parece-me ser o caso que a marcou mais no início da sua carreira, mas há outras pessoas de que se lembra particularmente?

Sim, lembro-me de uma professora que tinha um nódulo na garganta, que na altura depois teve alta, foi ainda ao estrangeiro tentar tratamento e voltou a ser internada. Pensei: “Gosto muito disto, daquilo que faço, mas quero a vida”. 

E comparativamente com aquilo em que pensava quando começou a estudar e até no início do seu percurso profissional, acha que a sua perspectiva sobre a saúde materna, sobre obstetrícia, mudou? Com tudo aquilo que aprendeu e viveu…

Sim, mudou muito. Porque também evoluí enquanto pessoa e profissional. Felizmente, esta área evoluiu imenso desde que comecei. Houve uma mudança quer era a nível científico, quer era a nível estrutural, em todos os sentidos. Até a própria mulher, por exemplo, hoje pode ter o acompanhante com ela desde que entra até quase ao momento da alta, coisa que não existia há muitos anos. O acompanhante só entrava no momento do parto, no período expulsivo. E hoje em dia não. E no privado a mulher tem mesmo acompanhamento durante todos os momentos se assim o desejar. No público não acontece porque não há condições estruturais e físicas. Mas tem direito a três acompanhantes alternadamente. Está na lei. Pode ser o marido, pode ser um amigo, pode ser o irmão, pode ser quem ela quiser. 

Mas é uma grande ajuda, não é? Em termos psicológicos também. 

Sim! Antes, a mulher deitava-se e paria. Hoje não, há outras perspetivas. A mulher caminha, faz exercício físico, há medidas não farmacológicas, investimos muito no parto natural.

E que competências deve ter um bom profissional desta especialidade?

Em primeiro lugar, é muito importante nós gostarmos daquilo que fazemos. E temos sempre de procurar aprender mais. Quanto à formação, fazemos formação no dia a dia. Não há uma receita ideal, digamos assim. Quando estamos perante uma grávida, temos de saber o que é que ela quer. A grávida hoje em dia está muito bem informada. Faz preparação para o parto, lê algumas coisas, elabora o seu plano de parto. E nós tentamos corresponder às expectativas da grávida e do casal. Se ela traz um plano de parto já escrito, é discutido à entrada e explicamos que pode ser flexível. Perante as explicações, tentamos cumprir dentro dos parâmetros de segurança para a mãe e o bebé. Não trabalhamos sozinhos numa sala de partos, somos uma equipa. E temos de saber vigiar muito bem aquele trabalho, claro. Saber interpretar o CTG. Mas há liberdade do movimento. A grávida pode levantar-se, andar, ir para a bola de pilates, fazer hidroterapia… Tudo aquilo que quiser. Eu posso estar grávida e querer dormir, por exemplo. Tenho de respeitar os desejos das mães. E explicar quais são as vantagens da verticalidade do trabalho de parto. 

E durante estes anos, desde o seu percurso no Ensino Superior, houve alguém que a inspirasse particularmente, que tenha sido quase um mentor?

Aprendi muito com os meus colegas mais velhos. Quando se escolhe uma especialidade, quer-se aprender ao máximo. E isso vem com a prática. Lembro-me de que tinha medo de deixar cair os bebés ao chão quando comecei. Portanto, temos de arranjar estratégias para que as coisas não aconteçam. E observar os nossos colegas também a pensar e agir. E eu aprendi bem com os meus colegas do antigamente. Todos nós temos um caminho a percorrer. 

A escola não nos ensina tudo e, por vezes, temos uma ideia romântica daquilo que é a nossa profissão.

Sim, sem dúvida! Quando chegamos à prática, percebemos que as coisas não são exatamente como imaginámos. É um caminho trilhado ao longo da vida. Em pequeninos, também aprendemos a dar os primeiros passos. Primeiro, ganhamos equilíbrio. Depois, andamos. Andamos mais depressa e já corremos no fim. E assim é a vida e a minha profissão é igual. 

E em termos de desafios que existem, o que é que acha que tanto as mães como os bebés enfrentam hoje em dia? O que acha que há de mais complexo?

Uma grande dificuldade que eu acho que uma grávida hoje em dia tem é saber a que maternidade deve ir. Uma está fechada hoje, amanhã está outra. É claro que há a salvaguarda de ligar para o SNS24 e existe um encaminhamento mas, se calhar, se eu estivesse grávida hoje, teria feito um seguro de saúde e iria para o privado.

O encerramento das maternidades é um problema grave, mas existem outros. Por exemplo, o da maternidade materno-infantil. Como no Hospital de Cascais, quando uma mulher perdeu o bebé aos 6 meses de gestação.

Podemos dizer que não se morre em obstetrícia, mas não é verdade. E uma morte fatal pode acontecer por variados motivos. E, muitas das vezes, são coisas que não se podem prever. É muito doloroso uma mãe perder uma criança. Estava a viver aquela gravidez e teve a sua expectativa para o momento do parto. Não podemos dizer que são más práticas das equipas porque os azares acontecem na vida. Obviamente que gostamos de que tudo corra bem, mas há muitas patologias na gravidez. Cada vez mais. E se não há um seguimento da gravidez para detetar alguma coisa que esteja menos bem, é complicado. Há muitas grávidas que chegam até nós com uma gravidez mal vigiada. Não têm acesso às consultas do SNS. Não têm médico de família. Não significa que vá acontecer alguma coisa má, mas pode acontecer.

E as mulheres que vivem longe dos grandes centros hospitalares em termos de assistência pré-natal e parto? 

Não tenho grande conhecimento das áreas fora de Lisboa, mas acho que as pessoas enfrentam as mesmas dificuldades porque nunca se sabe que maternidade estará encerrada em determinado dia. Só os nossos governantes é que podem resolver isto. Eu sou apenas uma enfermeira especialista. Adoraria que toda a gente fosse feliz, que não houvesse contratempos na vida. Tem de haver uma reformulação do SNS para que todas as pessoas tenham melhores condições.

Segundo um questionário online elaborado pela Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto (APDMGP), “Experiências de Parto em Portugal”, em média, 30% das inquiridas sentiu situações de desrespeito, abuso ou discriminação que tiveram influência na sua experiência de parto e afetaram a sua vida. Qual é a sua perspetiva acerca deste problema? 

Fala-se muito hoje em dia da violência obstétrica. Mas temos de ver o que é violência obstétrica. As pessoas, normalmente, não são mal tratadas. Por vezes, há uma má interpretação da comunicação. Uma corrente de tudo o que seja contraditório já é designado de violência. O que é que é preciso? É preciso haver um esclarecimento e dizer que se vai fazer isto, que se vai fazer aquilo, esclarecer as grávidas. Por exemplo, não posso dizer a uma grávida que vai fazer a epidural. Tenho de explicar os pontos positivos, negativos, etc. E ela decide. Hoje, os profissionais de saúde têm de ter muito cuidado na forma como comunicam com os utentes. Não podem dizer as coisas de uma forma assim mais repentina ou que se pense que é agressiva. As grávidas têm medo de fazer a epidural porque conhecem uma amiga que ficou com dores nas costas ou uma vizinha que ficou mal. Mas ninguém é submetido a uma técnica sem um consentimento assinado. Temos é de explicar tudo bem explicadinho. Sou enfermeira há muitos anos e nunca tive uma queixa. Muitas das vezes, entre colegas, conversamos uns com os outros e dizemos: “Olha, não faças isto desta forma, tem cuidado a falar”. Há uma sensibilidade muito grande.

Porquê?

Acho é que isto é tudo fruto da educação que nós temos ou que tivemos. Vem do berço. A juventude, hoje em dia, está toda muito revoltada, muito, olha para dentro, para si, muito egoísta, pouco solidária. Vamos no trânsito e, à mínima coisa, as pessoas gritam. Há pouca paciência. Não sei a sociedade que teremos daqui para a frente. 

E isto é transversal e, claro, afeta a saúde.

Exato. Temos de analisar muito bem os utentes que temos à nossa frente. Em termos físicos e psicológicos. E em termos emocionais e espirituais. Fico muito feliz quando mantenho uma ligação com uma mãe e ela diz: “Olha a senhora enfermeira! Lembra-se de mim?” ou “A sua cara não me é estranha. Acho que esteve no meu parto anterior. Gostei muito de si”. 

Existem questões de que se fala pouco, mas que têm impacto em Portugal. Por exemplo, a mutilação genital feminina. Já lidou com mulheres sujeitas a este crime durante a sua carreira?  

A mutilação genital feminina é uma coisa que está muito enraizada culturalmente. E por mais tempo que passe, acho que não se vai conseguir resolver. Quando detetamos uma situação, fazemos um registo. E o centro de saúde onde a mulher é acompanhada tem acesso a essa informação. Mas perdemos um bocado o fio à meada. Há mulheres que dizem que não sujeitarão as filhas a isto, quando as bebés nascem, mas o problema é que muitas vezes são outros familiares que o fazem. É muito difícil mudar mentalidades. Ou se começa desde pequenino e alguém faz alguma coisa por isso, começa-se com educação e sensibilização nas escolas, ou será sempre complicado. Mas quero ter esperança.

Regressando à mortalidade materna e infantil, a ONU indicou, no ano passado, que esta aumentou 10,5% em Portugal. Disse-me que há muitas patologias das grávidas. É devido, também, ao aumento da idade das mães?

Também tem a ver com a idade, tem a ver com a patologia que existe… Ainda não conseguimos erradicar tudo, não é? Por isso é que a vigilância da gravidez é essencial. As mulheres querem tirar os seus cursos, viver a vida e, depois, pensam na maturidade aos 30 e tal anos ou mais tarde. E já não têm 20 anos. 

O parto em casa está a tornar-se mais popular em Portugal, mas ainda é visto com alguma desconfiança. Qual é a sua opinião sobre esta opção? Que medidas de segurança são necessárias para que seja uma escolha viável?

Eu não iria a casa de ninguém ajudar a parir. A medicina e a enfermagem evoluíram muito mas, quando alguma coisa corre menos bem nesses partos, as pessoas têm de ir para o hospital. É claro que as pessoas estão no seu ambiente normal, da sua casa, é confortável. E também sei que há colegas que vão a casa fazer os partos. Está toda a família a assistir. Mas isso é uma decisão da grávida. Ela está a tomar a responsabilidade toda. As grávidas não devem correr riscos desnecessários. Atualmente, nos hospitais, ninguém faz medicação se não quiser, há partos mais naturais, etc. É que as pessoas têm de pensar que, normalmente, as casas não estão ao pé dos hospitais. E muitas coisas podem acontecer até lá chegarem. 

Mas esta tendência está muito vincada. Principalmente, em países como os EUA.

Sim, mas lá, se quiserem, têm uma ambulância à porta durante o parto inteiro. Aqui as coisas não funcionam assim. Se acontecer alguma coisa, as mulheres vão sozinhas para o hospital. Mas tudo isto é a minha opinião. Vale o que vale.

A pandemia de COVID-19 alterou significativamente a forma como os cuidados pré-natais e de parto são oferecidos em Portugal? 

Foi uma altura muito difícil para nós, para toda a gente, quer para os profissionais de saúde quer para os utentes. Levou a que fizéssemos alterações no hospital, houve o isolamento… As mulheres não podiam ter o acompanhante ao lado delas, pariam sozinhas. Inicialmente foi assustador porque ninguém conhecia a doença, não sabia o que é que nos ia acontecer e ninguém queria ficar infetado. Mas não deixámos de prestar os nossos cuidados. Houve pessoas que dormiram em hotéis e outros tipos de alojamento para não infetarem as famílias, como sabemos. Houve grandes alterações físicas, psicológicas e emocionais. Agora, felizmente, já é uma espécie de doença corriqueira, não é? Como se fosse uma gripe.

E qual é a “herança” dessa época?

Penso que voltou tudo à normalidade, mas notamos que as grávidas que tiveram bebés na pandemia e agora têm mais filhos, ficam felizes por ver que tudo mudou. Dizem coisas como: “Ah, desta vez não tem nada a ver!”. 

Relativamente aos cuidados de saúde aqui em Portugal, falamos muito na gravidez, no parto, mas eu queria perceber aquilo que pensa do apoio pós-parto. O que é que acha que falha aqui em Portugal no apoio às mães?

Digamos que, muitas das vezes, as pessoas deviam ter um apoio domiciliário. Em termos de centros de saúde eu não estou muito dentro da área, mas… Antigamente, havia a família que era uma rede de apoio. Hoje em dia os casais estão sozinhos ou quase sozinhos. Os avós e outros familiares têm as suas vidas, têm de trabalhar também. As mães têm dificuldades, por exemplo, com a amamentação e dirigem-se aos centros de saúde. Mas sentem frustração e preocupação, compreensivelmente, por verem que não conseguem alimentar os bebés como esperavam. Por isso, recorrem bastante ao setor privado.

Acha que há uma carência de enfermeiros especializados em saúde materna e obstetrícia no SNS? 

Julgo que há sempre carência de enfermeiros. Eles são tão necessários, não é? Nunca chegam para as necessidades. 

E em termos de condições de trabalho?

As condições de trabalho dos enfermeiros especialistas são boas. Mas não conheço todos os hospitais, depende da região do país. No meu caso, na área da instituição onde trabalho, temos boas condições de trabalho. Fizemos obras há pouco tempo, temos uma sala de partos reformulada com janelas para a rua, paredes pintadas e alegres, um quarto com banheira para hidroterapia… Há é sempre carências porque há um determinado número de enfermeiros em x serviço e, depois, há as contingências da vida. As baixas, principalmente. Na MAC, num turno ou noutro pode haver uma carência de pessoal, mas depois há sempre um turno extraordinário, alguém que substitui o colega.

E como é a vossa formação contínua?

Vemos se há formações novas, se queremos inscrever-nos… Segundo a lei, temos direito a x horas de formação por ano. E os nossos serviços, normalmente, facilitam-nos a vida quanto a isso. Mas querer aprender mais vem de cada um. 

O que pensa que é mais inovador na sua especialidade e que merece atenção?

O investimento no parto natural. 

E o que deve ser feito para melhorar a saúde materna e obstetrícia em termos de políticas públicas?

Acredito que tudo tem evoluído e cada vez mais o pai já pode para licença de paternidade e a mulher já pode também escolher a tal licença partilhada e, depois, pedir um horário adequado de trabalho. 

O que é que acha da educação para a saúde reprodutiva aqui em Portugal? 

Devia haver formação, pelo menos, no Ensino Secundário. Parece-me que em termos de planeamento familiar há esforços nesse sentido. É que a Internet tem muita informação, mas não nos diz tudo nem esclarece a realidade a 100%. 

Que papel acredita que a tecnologia (ex: telemedicina, aplicações de saúde) terá no futuro dos cuidados maternos? 

Um papel importante, sem dúvida! Por exemplo, no acompanhamento das grávidas que não têm patologias. 

Ainda não falámos de algo que é cada vez mais abordado: a fertilidade. Há cada vez mais debates sobre a “maternidade tardia” em Portugal e as políticas de apoio à fertilidade para mulheres mais velhas.

Já há um encaminhamento das mulheres que tentam engravidar. A mulher não está a fazer um método contracetivo durante um ano ou dois e não engravida. O próprio médico de família vai pedir exames. Exames ligados às hormonas, espermograma, etc. E se há algum problema, é feito um encaminhamento para as consultas de infertilidade dos hospitais. É claro que depois há uma grande lista de espera… 

O que gostaria de ver mudar nos próximos 5 a 10 anos no campo da saúde materna em Portugal? 

Creio que a evolução tem sido tão grande que gostaria apenas que as pessoas ficassem felizes no momento do parto. E que fosse um momento mágico, porque já o é. Quando tudo corre bem e nós estamos cá para trabalhar, para tornar experiências positivas, é maravilhoso. E a mulher é que decide como é que quer que tudo aconteça. O importante é que aquele casal fique feliz e que guarde aquela recordação para o resto da vida. Mesmo que aquele casal tenha outro filho, aquela experiência nunca vai ser igual. É sempre único. É sempre único e vai ser sempre diferente. E gostaria também que todas as mulheres fossem bem vigiadas, que as maternidades não encerrassem… Que não houvesse contrariedades na vida.

Que conselhos daria a um enfermeiro que está a iniciar a sua formação nesta especialidade? 

Que seja feliz e que ajude a fazer a felicidade dos casais!