A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) vê com profundo “desagrado e crescente preocupação” a notícia de que o Governo pretende continuar a descongelar a taxa de carbono, medida inscrita no Orçamento de Estado para 2025.
Lembrando que teve uma audiência na Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, no dia 3 de outubro, onde reforçou a necessidade urgente de redução da elevada carga fiscal que incide sobre os combustíveis líquidos e gasosos, nomeadamente, no que diz respeito ao ISP e taxa de carbono, a Anarec reitera em comunicado que “esta subida da taxa de carbono tem um forte impacto nos preços finais dos combustíveis que são pagos pelo consumidor final, arrecadando o Estado mais receita fiscal, como tem sido sucessivamente anunciado nos diversos meios de comunicação social”.
A nota refere ainda que não se trata apenas dos combustíveis líquidos como é o caso do gasóleo e da gasolina. “O aumento da taxa de carbono reflete-se ainda com maior incidência no preço do GPL engarrafado, ou seja, no gás de botija, que é um bem essencial a uma grande percentagem de famílias portuguesas, nomeadamente em zonas do país onde não há outra alternativa que não o GPL engarrafado”.
A Anarec recorda que entregou um memorando à Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, onde reforçou igualmente a necessária redução do ISP, nos combustíveis gasosos e líquidos.
E atira: “A atual carga fiscal nos combustíveis representa 47% no preço final do gasóleo simples, e 52% no preço final da gasolina simples, sendo que com as notícias publicadas ontem, o Governo pretende aumentar ainda mais os impostos, já em 2025”.
Por isso, a associação reitera “o seu apelo público ao Governo, para que reveja a sua posição quanto ao descongelamento da atualização da taxa de carbono”.