Foi na semana passada que o Chega, que tem como uma das principais bandeiras o combate à ideologia de género, viabilizou através da abstenção um projeto de lei apresentado pelo Livre que alarga o âmbito da consulta de planeamento familiar, passando a abranger a saúde sexual e reprodutiva da puberdade à menopausa e andropausa. Na alteração proposta do artigo segundo defende-se que os programas escolares devem incluir conhecimentos científicos que do ponto de vista do Livre «devem contribuir para a superação das discriminações em razão da orientação sexual, identidade e expressão de género, características sexuais, deficiência, etnia e idade».
Na votação do decreto lei na generalidade, tanto PSD como CDS votaram contra o diploma. A proposta do Livre acabou por passar graças à abstenção do Chega, que justifica o seu sentido de voto como não sendo definitivo uma vez que o projeto ainda vai ser votado na especialidade e pode ter alterações.