O mês de setembro foi o segundo mais quente na Europa e também em termos globais. No entanto, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Portugal, foi considerado frio e seco.
Numa caracterização sobre o mês passado divulgada esta segunda-feira, o IPMA destaca o facto de setembro ter sido o segundo mais quente alguma vez registado, a seguir ao mesmo mês de 2023. A temperatura média global foi de 16,17 graus celsius (°C), 0,73°C acima do valor médio 1991-2020.
O IPMA destaca ainda as estimativas de que o mês tenha sido cerca de 1,54°C mais quente do que a média pré-industrial de 1850-1900. Para além disso, foi o 14.º mês “num período de 15 meses em que a temperatura do ar da superfície média global excedeu 1,5°C”.
O valor de 1,5ºC acima da média pré-industrial é aquele que, segundo os cientistas, não deve ser ultrapassado para impedir impactos graves e irreversíveis do aquecimento global.
Segundo o IPMA, na Europa o valor médio da temperatura do ar foi de 1,74°C acima do valor médio 1991-2020. Foi o segundo setembro mais quente, depois do mês de setembro de 2023.
As temperaturas do ar na Europa, diz o Instituto, estiveram acima da média no leste e nordeste da Europa, com ondas de calor na Noruega e na Suécia e, abaixo da média, numa grande parte da Europa Ocidental, incluindo França, a maior parte da Península Ibérica e Islândia.
Em Portugal continental foi um mês classificado como frio em relação à temperatura e seco quanto à precipitação.
O valor médio da temperatura média esteve 0,81ºC abaixo do valor normal (1981-2010) e foi o quarto mais baixo desde 2000. A temperatura máxima teve o quinto valor mais baixo e a temperatura mínima foi o terceiro valor mais baixo (valores médios desde 2000).
Quanto à chuva o valor de 32,9 milímetros corresponde a 76% do valor médio 1981-2010. Registou-se mais chuva na segunda quinzena e especialmente no norte e centro.