Afinal, depois de tanto suspense, Luís Neves deverá ser reconduzido na direção-nacional da Polícia Judiciária, apurou o Nascer do SOL junto de fonte ligado ao processo. Em gestão corrente desde que terminou a sua segunda comissão, a 18 de junho, o atual diretor nacional teria recusado o cargo de secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), mostrando sempre vontade em continuar à frente dos desígnios da Judiciária.
Na edição de 30 de agosto, o Nascer do SOL dava como garantida a saída de Neves, e o próprio Ministério da Justiça explicava, por escrito, ao nosso jornal: «A nomeação do Diretor Nacional da PJ é feita por despacho conjunto da Ministra da Justiça e do Primeiro-Ministro, que ainda não foi assinado. O atual Diretor Nacional manter-se-á em funções até ao anúncio da decisão».
A fuga dos prisioneiros de Vale dos Judeus, e a consequente detenção em Marrocos de um dos evadidos, a prisão do suposto autor do triplo homicídio e a detenção de oito suspeitos de uma tentativa de homicídio bárbara em Oeiras, colocaram Luís Neves em lugar de destaque na comunicação social, e não só.
Ligação ao Partido Socialista não foi fatal
Próximo do Partido Socialista, poucos acreditavam que Luís Neves pudesse ser reconduzido, até porque tornou-se estranho que o Governo de Luís Montenegro não o tenha reconduzido quando terminou a sua segunda comissão, em junho.
A ideia do Governo, inicialmente, era nomear Luís Neves para um SSI reforçado que funcionaria à semelhança do período da Jornada Mundial da Juventude, em que Vizeu Pinheiro, o secretário-geral, comandava todas as forças de segurança. Recorde-se que o SSI também está sem líder, pois o Governo apenas nomeou Manuel António da Silva Vieira, secretário-geral adjunto, aguardando-se o novo chefe. Com a continuidade de Luís Neves à frente da PJ, caiu mais um nome possível para o SSI.
Luís Neves deverá fazer uma remodelação na sua atual direção.