NATO. Afetar 2% do PIB à Defesa pode ser insuficiente

O que é claro, disse o general, é que a NATO como um todo deve expandir as capacidades militares das suas forças armadas

O comandante supremo aliado da NATO acredita que os países membros da Aliança Atlântica vão perceber que destinar 2% do PIB às despesas com a Defesa poderá ser insuficiente face a uma Rússia mais forte.

Em entrevista ao semanário Der Spiegel, o Comandante Supremo Aliado para a Europa (SACEUR) e comandante do Comando Europeu dos EUA, disse que é verdade que a Rússia sofreu perdas na Ucrânia, perdas bastante pesadas, mas está a aprender com a guerra.

“As forças armadas russas estão a aprender, a melhorar e a aplicar as lições aprendidas com a guerra. No final da guerra ucraniana, seja como for, as forças armadas russas serão mais fortes do que são atualmente”, alertou Christopher Cavoli

“Estas forças estarão na fronteira da nossa aliança. Serão comandadas pelas mesmas pessoas que já nos veem como inimigos atualmente e que estarão bastante zangadas com a forma como a guerra decorreu”, argumentou.

“Teremos, portanto, um adversário com capacidades reais, massa e intenções claras. É por isso que temos de estar preparados e precisamos de forças que possam fazer-lhe frente”, sublinhou Cavoli.

O militar recordou que os planos de Defesa foram adotados pelos chefes de Estado e de Governo no verão passado e que as forças armadas estão agora a trabalhar na sua implementação. O que é claro, disse o general, é que a NATO como um todo deve expandir as capacidades militares das suas forças armadas.

“Isto significa que todos os membros devem aumentar rapidamente as suas despesas com a defesa”, afirmou, salientando que “todos os parceiros da NATO compreenderão que 2% não é suficiente quando apresentarmos as necessidades militares específicas de cada Estado”.