O Duster é um caso de sucesso na categoria dos SUV, onde vendeu mais de 2,4 milhões de unidades em todo o mundo. A terceira geração chegou agora ao mercado nacional e destaca-se pela imagem moderna, polivalência, espaço interior e facilidade de condução.
Estamos perante um automóvel completamente novo, que tem por base uma plataforma moderna. Há uma rutura de estilo com o anterior modelo, isso é evidente pela imponente seção dianteira, com grelha, faróis LED e emblema da marca com novo desenho, destaque também para os grupos óticos traseiros na forma de Y. O look deste modelo sai reforçado pelos vidros laterais e óculo traseiro escurecidos, retrovisores exteriores em castanho cobre, barras no tejadilho e jantes de 18 polegadas.
O habitáculo tem uma imagem moderna, novos equipamentos e é bastante acolhedor. A qualidade de construção parece sólida, mas proliferam os plásticos duros, esse é o preço a pagar para ter um carro económico. A habitabilidade é bastante boa e três ocupantes viajam no banco traseiro com espaço suficiente para as pernas e em altura. Os bancos dianteiros têm apoio lateral, mas são um pouco firmes e não oferecem o conforto esperado. O ecrã digital de 10,1 polegadas permite usar o sistema de infoentretenimento depois de conectado ao smartphone através do Android Auto e do Apple CarPlay. A capacidade da bagageira da versão GPL (474 litros) é idêntica à de outras versões já que o depósito de 50 litros foi colocado no lugar no pneu de reserva. Com o rebatimento dos bancos traseiros cria-se um amplo compartimento de carga.
A versão Extreme vem equipada de série com cartão mãos-livres, computador de bordo, regulador e limitador de velocidade, comutação automática das luzes de estrada/cruzamento, retrovisores exteriores com regulação elétrica, desembaciamento e rebatíveis eletricamente, sensores de luz e chuva, ar condicionado automático, volante em couro e regulável em altura e profundidade, consola central com apoio de braços e entradas USB, entre outros elementos. O equipamento de segurança compreende sistema avançado de travagem de emergência, alerta de cansaço do condutor, reconhecimento dos sinais de trânsito com alerta de velocidade e sistema de assistência na faixa de rodagem.
A nível mecânico, está equipado com o pequeno motor de três cilindros de 999 cc e 100 cv, que funciona a gasolina e a gás de petróleo liquefeito (GPL). A comutação entre os dois combustíveis é efetuada automaticamente em função das reservas de combustível ou manualmente através de um botão no tablier. Importa dizer que a agradabilidade de condução é semelhante nos dois modos, a única diferença é a maior sonoridade do motor a gasolina. As performances são medianas, com uma velocidade máxima de 168 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,2 segundos. O Duster está equipado com caixa manual de seis velocidades com um escalonamento que possibilita uma utilização tranquila, já que as recuperações em estrada não comprometem tendo em conta a capacidade do motor.
O consumo médio foi de 6,9 l/100 km a gasolina e de 8,9l/100 km com GPL, ainda assim este último é mais económico tendo em conta que o preço do GPL de 0,9€/litro e o litro de gasolina custa 1,8€, ou seja, para fazer 100 km gasta-se 8 € a GPL e 12,4 € a gasolina. Além disso, emite menos 10% de CO2 do que o motor a gasolina. Usando os dois combustíveis temos uma autonomia que permite fazer longas viagens com os dois depósitos. A marca anuncia uma autonomia de 1.300 km e não ficámos longe desse valor, e nunca andámos em modo de poupança.
O Duster é um carro confortável a nível de suspensão e fácil de conduzir já que os movimentos de carroçaria são reduzidos. A direção é bastante leve em manobras a baixa velocidade, ideal na condução em cidade, e ganha alguma consistência em estrada quando a velocidade aumenta.
O Dacia Duster Essential Eco-G100 bi-fuel está disponível a partir de 19.150 euros. A versão Extreme experimentada tinha alguns opcionais e um preço de 25.327 euros.