Ninguém no Chega quer polícias a matar

As forças de segurança vêm perdendo autoridade e poder e os tribunais decidem mais em função de preconceitos ideológicos…

Os acontecimentos dos últimos dias exigem-nos um recuo que nos permita ver a floresta e não apenas algumas das suas árvores. 

As democracias liberais do Ocidente caracterizam-se pela separação de poderes, pelo primado da Lei e da ordem nela fundada, pela liberdade de opinião e de expressão dessa opinião. São estes os pilares do Estado com origem nessas democracias. Sobre deverá assentar, a autoridade do Estado, uma autoridade consentida porque derivada da vontade da maioria livremente manifesta em eleições livres e justas.

Esta autoridade do Estado manifesta-se, ou deverá manifestar-se, pelas funções soberanas do Estado: 1. Segurança externa. 2. Representação externa. 3. Segurança interna de todos e de cada um, pela tutela das forças de segurança. 4. Prestação de Justiça por intermédio dos tribunais e demais órgão do poder judicial. Estas são as funções fundacionais do Estado, para a prestação das quais ele nasceu. Sem forças armadas, uma nação encontra-se desprotegida. Sem forças de segurança, apenas imperará a lei do mais forte. Sem uma justiça pronta e eficaz, virá a justiça pelas próprias mãos. Das quatro funções soberanas, são estas últimas duas as mais importantes. Mas são precisamente aquelas que, há já várias dezenas de anos se vêm degradando em Portugal e em toda a Europa. Os estados ocidentais começaram a intrometer-se onde não deviam e a apagarem-se onde, precisamente, nunca o poderiam fazer. Na área da segurança interna e da justiça, o laxismo passou a ser a regra.

Em Portugal e de forma contínua que desde há 50 anos que as forças de segurança vêm perdendo autoridade e poder e que os tribunais vêm decidindo mais em função de preconceitos ideológicos de muitos juízes do que em função da mais liminar justiça. Mais grave, a própria Lei penal está gizada de forma a favorecer o ladrão e o assassino em prejuízo da vítima.

São políticas de fundo a terem de ser alteradas e é precisamente isso que o Chega defende, ao contrário da AD que, pelas provas dadas, claramente pretende prosseguir as políticas que, em alternância com o PS, nos trouxeram até à situação explosiva onde estamos. Ninguém no Chega quer ver polícias a matar. Mas o que queremos ver é uma polícia cuja autoridade seja respeitada e isso implica o lançamento de políticas novas em contraciclo com todas aquelas que têm sido seguidas até agora pelo PSD e pelo PS. É inaceitável que quem quer que seja se recuse a obedecer a uma ordem legítima da Polícia; é inaceitável que bandos sortidos de selvagens tenham tido tempo e condições para destruírem o que destruíram; como é inaceitável que três desses selvagens, que pegaram fogo a vários autocarros e ligeiros tenham sido devolvidos à rua por um juiz com um mero TIR e, pasme-se, a proibição de usar isqueiros. Finalmente, é inaceitável que se ache tudo isto normal

Este governo e esse juiz estão a abusar de quem lhes deu os votos e lhes paga o salário. Porque, voltando ao princípio, o Estado é um mal necessário e que, no essencial, existe para proteger os mais fracos dos mais fortes. Nesses bairros ditos problemáticos, a Polícia é a única barreira entre o grosso dos habitantes trabalhadores e os bandos de narcotraficantes e de ladrões que os pretendem manter como reféns. Esta é a posição do Chega. A posição de quem defende esse precioso ativo que é o Bem Comum.