Começou na sexta-feira o Leffest, o festival de cinema promovido pelo produtor Paulo Branco e que se ramifica por várias salas da capital. O tiro de partida é dado pela exibição dos volumes I e II de As Mil e Uma Noites, de Miguel Gomes, realizador que é objeto de uma retrospetiva, no Nimas. Às 19h é a vez do último Almodóvar, ovacionado em Cannes), O Quarto ao Lado, no Tivoli; e enquanto este ainda estiver a decorrer, passa no S. Jorge, às 20h, The Brutalist, de Brady Corbet, que conta a história de um arquiteto judeu húngaro que reconstrói a vida e a carreira na Pensilvânia do pós-guerra.
Esta edição do Leffest assinala os 500 anos do nascimento de Camões com a reposição do filme de 1946 de Leitão de Barros, Camões, numa cópia restaurada. No centenário da sua morte (1924), o escritor checo Franz Kafka também é homenageado. «Em 1978, quando trabalhava num pequeno filme sobre Kafka, descobri pela primeira vez no seu diário e na sua correspondência apontamentos que ele tinha feito sobre o cinema e sobre os filmes que vira», revelou o realizador Hanns Zischler. Assim nasceu Kafka vai ao cinema. Com uma programação eclética, o festival termina a 17 de novembro, com a exibição do filme vencedor da secção Em Competição no São Jorge, às 21h.