Pedro Sanchez, o socialista e presumido republicano presidente do governo espanhol, prestou, sem que fosse essa a sua intenção, um inestimável serviço à Monarquia e, em particular, ao seu Rei.
Ao fugir, cobardemente, assim que soaram os primeiros protestos contra a sua visita a Valência, e ao deixar D. Filipe VI sozinho à mercê da agressividade de muitos dos manifestantes, enfrentado uma ira popular por motivos dos quais não teve qualquer responsabilidade, permitiu que o soberano espanhol evidenciasse toda a sua coragem e autoridade, permanecendo junto de uma multidão hostil e descontrolada, mas com carradas de razão para o estado de alma que a consumia, e dialogando com todos, incluindo com os que se apresentavam mais coléricos.
O Rei ordenou mesmo que fossem fechados os guardas-chuvas que o protegiam da lama e das pedradas, expondo-se a um perigo de consequências imprevisíveis, porque quis ser ele a dar a cara pelos falhanços do Estado e a sujeitar-se ao julgamento popular perante o qual se prontificou a comparecer.
Falou com os seus súbditos, não fugiu deles, ouviu as suas queixas e, com a lama a escorrer-lhe pela cara, obteve o respeito e a admiração daqueles que perderam quase tudo na fúria das águas da chuva.
A própria Rainha, a plebeia Letizia, soube, desta vez, estar à altura do papel que lhe está reservado, tendo também ela demonstrado coragem, força de vontade e sentido de dever ao se aproximar das pessoas enfurecidas que clamavam por justiça e ouvir as suas queixas.
As lágrimas que com elas partilhou não foram de medo, mas sim de genuína consternação pelo sofrimento a que estão votadas.
A Coroa provou que a sobrevivência do Estado espanhol, tal como o conhecemos hoje, somente poderá ser garantida se os espanhóis se mantiverem fiéis aos seus soberanos.
De Sanchez, ja se conheciam muitas das suas nefastas facetas, todas em sentido contrário ao valor da honra e à obediência aos princípios de um Estado de direito democrático.
Tomou o poder de assalto, certamente depois de estudar bem a cartilha do seu amigo Costa, aliando-se à extrema-esquerda para assegurar a chefia de um governo que não obteve a aprovação popular.
Mais tarde, e ao ser de novo derrotado nas urnas, para além da aliança com a esquerda mais extremista, a que já se encontrava unido, desta vez incluiu igualmente partidos declaradamente inimigos do Estado espanhol e com ramificações a grupos terroristas.
Para além de uma ambição sem limites, não olhando a meios para conquistar e se manter no poder, Sanchez revelou-se um traidor, ao aliar-se a quem deveria estar atrás das grades, por sobre eles penderem mandados de captura, pondo, dessa forma, em perigo a unidade territorial nacional.
A estes mal-fadados atributos, veio agora juntar-se o de cobarde!
Fugiu, com o rabo entre as pernas, descartando-se, assim, de falar com um povo abatido e descrente dos seus políticos.
Deixou os seus soberanos sozinhos, postados em frente a uma multidão enfurecida, quando era a ele que os descontentes exigiam explicações pelas falhas estatais.
A sua cobardia e total ausência de carácter revelou-se ainda quando, pouco tempo depois de se ter furtado ao contacto popular, ter vindo a público responsabilizar a Coroa pela visita a Valência e, consequentemente, pelos incidentes que se verificaram, argumentando que a ela se tinha oposto, invocando razões de segurança.
Como se não bastasse, desvalorizou por completo a insatisfações dos seus cidadãos, apontando ao que apelidou de extrema-direita a orquestração dos protestos.
Sem honra, sem carácter, sem coragem e sem sentido de Estado!
É este o presidente do governo de Espanha. Uma nódoa!
D. Filipe VI e Dona Letizia estiveram à altura do dever a que constitucionalmente estão obrigados, colocando os interesses da Nação acima da sua própria integridade física, enquanto que Sanchez somente pensou nele próprio, borrifando-se para um povo mártir de um desastre natural de dimensões catastróficas.
Os Espanhóis, hoje, olham para os seus soberanos com respeito e orgulho, identificando-se com eles, e, para os políticos que lhes caíram em sorte, com desprezo e total descrença. Desgraçadamente, os destinos de uma das grandes Nações da civilização ocidental está, nos tempos que correm, nas mãos de uma das mais sinistras figuras da política internacional.
Felizmente, para os espanhóis, têm nos seus Reis a inspiração para um legítimo orgulho que ainda os faz comover quando ouvem o seu Hino e contemplam a sua Bandeira.
É lugar comum dizer-se que, com frequência, os discípulos superam os seus mestres. Neste caso concreto não restam quaisquer dúvidas, Costa, ao lado do seu antigo aluno, não passa de um menino de coro!