Suplemento extra de pensões só ‘quando for seguro para o país’

“Os riscos de desequilíbrios já conhecemos no passado e queremos evitar”

A ministra do Trabalho reafirmou esta sexta-feira que o Governo admite “avançar com um suplemento extraordinário” para os pensionistas. No entanto, apenas “quando for seguro para o país”, uma vez que “qualquer alteração desproporcional” tem riscos.

“O Governo não prescinde da hipótese de aprovar medidas extra no exercício orçamental de 2025”, afirmou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em audição na Assembleia da República no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Maria do Rosário Palma Ramalho indicou, que, “nesse sentido preanunciou a possibilidade de avançar com um suplemento extraordinário das pensões”.

“A posição do Governo é muito clara”, sinalizou a ministra, citada pela agência Lusa. A governante reiterou que o executivo vai voltar a avançar com um aumento extra das pensões “se houver margem orçamental”.

Rosário Palma Ramalho indicou ainda que o Governo já avançou com várias medidas dirigidas aos pensionistas, cujo montante global ascende a cerca de 469 milhões de euros. Estas incluem o aumento do complemento solidário para idosos (CSI) e 14 milhões de euros na comparticipação de medicamentos dos idosos que recebem o CSI.

A ministra do trabalho reitera que medidas extraordinárias “apenas devem ser tomadas quando for seguro para o país”, dado que “qualquer alteração desproporcional a um dos pilares” do orçamento do MTSSS vai “descompensar os demais pontos”.

“Os riscos de desequilíbrios já conhecemos no passado e queremos evitar”, vincou, avisando que qualquer “alteração de fundo” afetará “o equilíbrio entre a ação social e as boas contas e impactará significativamente o Orçamento no seu todo”.