Lucro da Mota-Engil aumenta 51%

A Mota-Engil anunciou no início de setembro o aumento em 576 milhões de dólares (521 milhões de euros) da carteira de encomendas do mercado moçambicano na sequência da alteração e extensão do contrato mineiro em Moatize, província de Tete

A Mota-Engil totalizou 77 milhões de euros de lucro nos primeiros nove meses do ano. O valor representa uma subida de 51% relativamente ao mesmo período de 2023.

De acordo com um comunicado divulgado esta terça-feira pela construtora na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o volume de negócios ascendeu 3% em comparação com os primeiros nove meses de 2023, fixando-se em 4,15 mil milhões de euros.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA), situou-se em 609 milhões de euros, mais 11% do que o registado no período homólogo. Segundo a construtora é “um recorde absoluto”.

A Mota-Engil sublinhou que a margem de EBITDA, que já era de 14% na primeira metade do ano, melhorou para 15% até setembro. Em agosto a empresa tinha dito, sobre a margem de EBITDA, que tinha “um dos melhores registos entre as congéneres europeias da indústria de infraestruturas”.

O terceiro trimestre de 2024 foi “um período caracterizado por crescimento e melhoria das margens”, assim como de “crescimento sustentável e de contínua afirmação internacional”, lê-se na nota da Mota-Engil.

A carteira de encomendas do grupo cresceu 14% face ao final de 2023, para 14,8 mil milhões de euros. A evolução é justificada com “um elevado dinamismo comercial, impulsionado pela angariação de projetos relevantes em África, em Portugal e no México”.

Segundo a mesma nota, a Mota-Engil já tem assegurada em carteira 82% da faturação para 2026. Na semana passada, a construtora anunciou a assinatura de contratos com a Allied Gold Corporation, empresa da mineração de ouro, na Costa do Marfim, Mali e Etiópia, num valor estimado de cerca de 1.400 milhões de euros.

A Mota-Engil anunciou no início de setembro o aumento em 576 milhões de dólares (521 milhões de euros) da carteira de encomendas do mercado moçambicano na sequência da alteração e extensão do contrato mineiro em Moatize, província de Tete.