A reeleição de Trump despoletou nos media e fóruns intelectuais uma torrente de projeções de desastre para os EUA. Julgo que o tempo refutará estas projeções.
Os Estados Unidos são um país de homens que desbravam fronteiras, imigrantes, empreendedores e construtores. Olham para inteligência artificial, semicondutores, carros elétricos e autoguiados, economia espacial, blockchain e outros como oportunidades de criar riqueza para as suas comunidades. Regulações, barreiras técnicas e protecionismos de parceiros comerciais (EU e China) não os ajudam nem interessam. O mercado interno, responsável por cerca de 25% do consumo global é uma oportunidade grande a explorar melhor.
A regulação forte do atual regime atrofia a inovação e será aliviada ajudando as empresas de pequena e media dimensão que são as que mais criam emprego.
O novo departamento de eficiência governamental liderado por Elon Musk e Vivek Ramaswami, libertará recursos públicos para reduzir impostos, divida pública e lançar programas de investigação e sociais.
O rearmamento mundial em curso apesar de triste reflexo da situação geopolítica terá um grande impacto no desenvolvimento de novas tecnologias. Internet, GPS, foguetes espaciais, energia nuclear e outros avanços científicos provieram de projetos militares americanos.
Em Portugal e resto da Europa estes argumentos são impopulares e repudiados por académicos, intelectuais e políticos. Ignoram a diferença no ethos europeu e americano. A Europa emergiu de sociedades estratificadas e classistas que criaram estados dirigistas e paternalistas, acreditando que de cima vem o progresso e prosperidade. Na Europa, algo que não seja expressamente permitido é proibido. Nos EUA, algo que não seja proibido é permitido. Esta orientação para ação e exploração vem da exploração do Oeste, do cosmos e da odisseia de imigração da grande maioria dos americanos. Apostam na procura de sucesso e prosperidade de cada como força poderosa e inesgotável, cabendo ao estado prover bens públicos (segurança, justiça, proteção da miséria).
O Presidente Teddy Roosevelt articulou bem num discurso na Sorbonne há um século: não são os críticos que contam no final, mas sim a pessoa que está na arena, que tenta atingir um grande sonho; cai; levanta-se; sangra; sua; no fim ou tem uma grande vitoria, ou se ficar curto, acaba os seus dias com uma vida de audácia por grandes projetos. Esta figura mitológica ainda inspira os americanos. Medo de falhar não os para. O maior medo é não tentar.
Nos últimos anos, os europeus atrasaram-se significativamente dos americanos. Não é impensável ver salários europeus a metade dos americanos no futuro. Preferem isso, se trabalharem menos horas e tiverem mais tempo livre? Justo. Mas os EUA decidiram que está na hora de construir mais no seu país.
Chegou a hora de construir
Não é impensável ver salários europeus a metade dos americanos no futuro