António Costa salienta ‘futuro comum’ da UE e Ucrânia

O antigo primeiro-ministro, António Costa, inicia este domingo funções como presidente do Conselho Europeu, num mandato até 31 de maio de 2027

O presidente do Conselho Europeu visitou este domingo a Praça da Independência de Kiev, 11 anos após a onda de protestos para pedir a adesão da Ucrânia à União Europeia. António Costa salientou a coragem do povo ucraniano e o “futuro comum”.

“Este monumento [na Praça da Independência] é uma clara prova de que, quando falamos da guerra, não estamos apenas a falar de armas, mas acima de tudo de pessoas, de famílias, de pessoas que morreram, que sofreram a lutar pelo seu país e pelo direito a ter uma paz justa e duradoura”, disse.

No dia em que chega à capital ucraniana para passar o seu primeiro dia do mandato na liderança do Conselho Europeu, Costa: “O trabalho da vice-presidente da Comissão Europeia e da comissária europeia do Alargamento vai assegurar para a Ucrânia e para o povo ucraniano um futuro comum na nossa União Europeia [UE]”.

“Presto tributo e é muito duro ver tantas pessoas jovens como veteranos”, adiantou.
António Costa chegou esta manhã a Kiev para passar o primeiro dia do seu mandato, acompanhado pela chefe da diplomacia da UE, para garantir apoio à Ucrânia face à invasão numa comitiva composta pela Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, e a comissária europeia do Alargamento, Marta Kos, que também iniciam hoje funções no executivo comunitário.


Há 11 anos, na principal praça da capital da Ucrânia começou aquela que ficou conhecida como a “Euromaidan” (junção entre os termos euro e maidan, nome ucraniano para praça). Foi um protesto civil na qual os manifestantes exigiam a integração na UE, num contexto de corrupção generalizada, de abuso de poder e de violação dos direitos humanos.

O antigo primeiro-ministro, António Costa, inicia este domingo funções como presidente do Conselho Europeu, num mandato até 31 de maio de 2027, e no qual pretende tornar a instituição mais eficaz e promover a unidade europeia.

O primeiro português e o primeiro socialista à frente da instituição sucede no cargo ao belga Charles Michel, que esteve em funções entre 2019 e até este sábado, num período marcado por crises como a invasão russa da Ucrânia