A construtora automóvel Stellantis anunciou este domingo que o Conselho de Administração aceitou a renúncia de Carlos Tavares do cargo de presidente executivo (CEO), com efeitos imediatos. O seu substituto será nomeado no primeiro semestre de 2025.
Em 11 de outubro, a empresa tinha anunciado que o português Carlos Tavares iria sair do grupo e reformar-se em 2026. Este domingo, em comunicado, o grupo Stellantis anunciou que o Conselho de Administração, sob a presidência de John Elkann, “aceitou hoje a demissão de Carlos Tavares do cargo de CEO com efeitos imediatos”.
O processo de nomeação do novo CEO permanente “está bem encaminhado, gerido por um Comité Especial do Conselho, e será concluído no primeiro semestre de 2025”, acrescenta o construtor automóvel”. “Até lá, uma nova Comissão Executiva interina, presidida por John Elkann, irá ser estabelecida”, acrescenta a nota.
O grupo, que tem uma fábrica em Mangualde, confirmou ainda “o ‘guidance’ que apresentou à comunidade financeira em 31 de outubro” último, relativamente a todo o ano de 2024.
O diretor independente sénior da Stellantis, Henri de Castries, afirmou, citado no comunicado, que “o sucesso da Stellantis desde a sua sua criação está enraizado num alinhamento perfeito entre os acionistas de referência, o Conselho e o CEO”.
Contudo, “nas últimas semanas surgiram diferentes opiniões que resultaram na decisão do Conselho e do CEO de hoje”, prosseguiu, na nota citada pela agência Lusa.
A Stellantis é uma das principais fabricantes de automóveis do mundo e no seu portefólio tem marcas como Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS Automobiles, Fiat, Jeep®, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram, Vauxhall, Free2move e Leasys.
A fábrica do grupo em Mangualde tem cerca de 900 colaboradores e este ano já produziu 72.477 viaturas (dados de janeiro a outubro). A unidade registou um aumento da produção de 2,6% nos primeiros 10 meses do ano, face a igual período de 2023.