O Presidente da República presidiu este domingo à cerimónia evocativa da restauração da independência em 1640. Na cermimónia, o ministro da Defesa evocou os antigos combatentes e um pequeno grupo de manifestantes pediu o regresso de Olivença a Portugal.
No fim da cerimónia, após Marcelo de Rebelo de Sousa ter prestado homenagem aos “heróis” do 1.º de Dezembro de 1640, junto ao monumento da Praça dos Restauradores, em Lisboa, cerca de duas dezenas de populares gritaram “Olivença é portuguesa” e “morte aos traidores”.
Os manifestantes tinham também cartazes onde se lia “sem Olivença Portugal está amputado” ou “Restauração incompleta falta Olivença”
Antes do início da cerimónia, este mesmo grupo recebeu o ministro da Defesa com uma salva de palmas, agradecendo-lhe o recente apoio público que deu à causa de Olivença, atualmente em território espanhol.
No entanto, nem no início, nem no fim da cerimónia, Nuno Melo se dirigiu a este grupo de manifestantes, ou se referiu à questão de Olivença.
O titular da pasta da Defesa discursou sobre “o sacrifício” dos antigos combatentes portugueses ao longo de quase nove séculos. Melo defendeu que a restauração da independência no 1º de Dezembro de 1640 “foi expressão do grito de uma nação que recusa a submissão e a vassalagem” perante domínios externos.
Antes de Nuno Melo, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, tinha feito um discurso com algumas mensagens políticas. Criticou “os extremismos políticos” – setores que acusou “de venderem ilusões e de dividirem o país”, através da criação “fantasmas” ou “inimigos imaginários”.
Numa sessão aberta pelo presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Ribeiro e Castro, estiveram presentes na Praça dos Restauradores o antigo chefe de Estado Ramalho Eanes, o procurador Geral da República, Amadeu Guerra, o vice-presidente do parlamento Diogo Pacheco Amorim (deputado do Chega) e representantes do PS (Pedro Delgado Alves) do CDS (Paulo Núncio) e do Chega (Rui Paulo Sousa).