A vitória do bom senso e a derrota do wokismo

Num curto espaço de tempo os wokes passaram da luta pela afirmação no espaço público, para o controlo do espaço público.

Muito se irá escrever sobre as eleições americanas de 2024 e existem diversos dados para analisar a disputa de Trump e Kamala. No entanto, a derrota do wokismo e de tudo aquilo que representa, é talvez o dado mais significativo para todo o Mundo Livre.
Será que, daqui a 50 anos, as pessoas vão saber que houve um movimento que esteve quase a convencer todo o mundo de que o sexo está desassociado do género? Será que saberão os milhões e milhões de dólares que foram gastos de dinheiro público para cursos de mestrados, doutoramentos e bolsas de estudo, para nos convencerem deste absurdo e para formar um conjunto de inúteis? Será que vão saber que houve um conjunto de pressupostos educativos que visaram incutir nas novas gerações novas teorias raciais absolutamente inaceitáveis e em pleno século XXI? Será que, daqui a 50 anos, as pessoas vão saber que houve mais de 900 mulheres que deixaram de receber medalhas em vários desportos em prol de mulheres transgénero? Será que vão saber que houve um movimento que esteve quase a convencer todo o mundo de que a vida humana não começa na conceção e que, no fim de vida, as pessoas querem ter a eutanásia? Irão saber que vários estudantes das principais universidades dos EUA, formularam discursos antissemitas e com a concordância ou silêncio, de vários dos seus professores? Será que, daqui a 50 anos, as pessoas vão saber que houve vários boicotes à música clássica por ser feita essencialmente por pessoas de raça branca? Ou irão saber que houve marcas e empresas que colocaram esta agenda do absurdo à frente da sustentabilidade dos seus negócios e que foram literalmente à ruína por isso?
Pode parecer extraordinário, mas quase metade da América votou nestes pressupostos. Muitas das mentes mais brilhantes do mundo, de instituições políticas nacionais e internacionais, de universidades, organismos públicos e meios de comunicação social, aderiram a um conjunto de ideias e de premissas que não têm o menor fundamento científico, lógico e histórico. Sendo um total contrassenso, deve fazer-nos questionar, como é que isso foi possível? O que é que moveu um conjunto de elites intelectuais, de políticos e de agentes culturais, para intelectualizarem sobre o absurdo. Para negarem a biologia mais básica, a história contemporânea elementar, a beleza e a economia mais rudimentar? Pode parecer inacreditável, mas quando confrontados com as limitações das suas ideias, rapidamente negam tudo ao seu redor. Em 2021, um documento financiado pela Fundação Gates sugeria que seria fundamental encontrar novas formas para o ensino da Matemática que afastassem o racismo endémico que promove. Abandonou-se a ciência e o conhecimento e abraçou-se a pseudociência e um conjunto de postulados absolutamente assustadores. Já não estamos na idade da razão, mas nos anos do pós-razão. Se as minhas ideias não se encaixam na realidade, o problema não são as minhas ideias, é a realidade. Isto não é polarização, é surrealismo. Num curto espaço de tempo os wokes passaram da luta pela afirmação no espaço público, para o controlo do espaço público. Já não lutam pela afirmação da diferença, mas sim pela eliminação de todas as diferenças dos diferentes que se atrevem a não pensar como eles.
É muito importante que em 2074 se saiba que 50 anos antes, em 2024, o mundo dividiu-se entre o absurdo woke e o senso comum, entre elites que encararam uma agenda política como um fanático religioso do Estado Islâmico encara a sua religião e uma grande revolução silenciosa do cidadão comum. Em 2024, venceu o bom senso e derrotou-se o absurdo. Não nos podemos esquecer.

Professor