Joe Biden quebra promessa e concede perdão ao filho

Biden voltou atrás com a promessa e perdoou o filho, livrando-o de enfrentar a pena judicial. Entretanto, Trump nomeou o sogro da filha para a Embaixada em Paris

Joe Biden perdoou o seu filho, Hunter Biden, no domingo, após este se ter declarado culpado de todas as acusações de que era alvo, “incluindo três crimes fiscais e seis delitos fiscais”, anunciou o Departamento de Justiça americano. A sentença estava marcada para o próximo dia 16 de dezembro.
Ainda segundo o comunicado do Departamento de Justiça, o filho do ainda Presidente poderia enfrentar uma pena de prisão máxima de 17 anos por estar envolvido “num esquema de quatro anos em que optou por não pagar, pelo menos, 1,4 milhões de dólares em impostos federais autoliquidados que devia relativamente aos anos fiscais de 2016 a 2019 e por evitar a liquidação de impostos relativos ao ano fiscal de 2018 quando apresentou declarações falsas”.
Hunter Biden estava ainda condenado por ter mentido no preenchimento de um formulário aquando da aquisição de um revólver em 2018.
Joe Biden quebrou a promessa, que tinha reiterado mesmo após a vitória de Donald Trump, de não conceder o perdão presidencial ao filho, que se vê assim livre das penas que enfrentaria caso o processo fosse concluído. Uma decisão polémica em período de transição que não poderá ser anulada por Donald Trump, cuja administração está praticamente fechada, mas não livre de polémica.
O Presidente-eleito anunciou a nomeação de Charles Kushner, pai do seu genro, para embaixador em Paris. Um nome polémico, com casos judiciais e a quem Trump concedeu um perdão durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, mas em quem o novo Presidente deposita máxima confiança. “É um extraordinário líder empresarial, filantropo e negociante que será um forte defensor do nosso país e dos seus interesses”, escreveu Trump na sua rede social Truth Social. A nomeação de embaixadores requer uma maioria no Senado, e fica a dúvida se a sua primeira nomeação com ligações familiares será aprovada