Almirante Reis. Nova ciclovia com menos estacionamento

Sem separador central, com mais espaços verdes e ciclovia nas laterais. É desta forma que o eixo se apresenta, mas vão manter apenas cerca de 180 lugares para cargas e descargas, tomada e largada de passageiros.

A Almirante Reis, uma das mais importantes avenidas da capital prepara-se para aparecer de cara lavada. Em causa está a reformulação da ciclovia e, de acordo com Carlos Moedas, representa «um projeto bem pensado, trabalhado como nunca foi feito. Não é só com as ideias que mudamos o mundo, é com o detalhe. E este foi pensado ao detalhe, ouvindo toda a gente, sem divisionismos, sem fricções». De acordo com o autarca, a ideia é este eixo ter «mais árvores, ciclovias e não terá separador central», acrescentando que é «fruto da participação das pessoas que será feita de forma gradual e sem radicalismos», uma obra que está avaliada em mais de 20 milhões de euros.
Quando confrontado com o facto de a retirada da ciclovia desta zona ter sido uma promessa eleitoral, Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da câmara admite que «havia a expectativa de muita gente que a ciclovia fosse tirada no dia seguinte às eleições», no entanto lembra que chamou a atenção para a existência de duas afirmações que eram promessas eleitorais. «Uma era vamos retirar a ciclovia e a outra era vamos encontrar uma alternativa. E o presidente Carlos Moedas percebeu pelos vários estudos que fez e do levantamento que fez que uma alternativa não era fácil de implementar imediatamente, até porque temos a obra do PGBL [Plano Geral de Drenagem de Lisboa] também a decorrer na Almirante Reis».
O eixo vai então retomar duas faixas de rodagem no sentido ascendente, que era uma das críticas feitas que passa a ser conciliada com uma ciclovia, «mas diferente da que lá está», uma vez que, no entender do responsável, tratava-se de «um atentado no meio da rua, insegura». E como fica? «Passámos o passeio para o lado mais arborizado e com as ciclovias nos passeios. Retirou-se estacionamento e simultaneamente criámos estacionamento à volta da Avenida Almirante Reis».
De acordo com a autarquia, vão manter-se apenas cerca de 180 lugares para cargas e descargas, tomada e largada de passageiros, e pessoas com mobilidade condicionada, bem como estacionamento para motas e bicicletas. Os 170 lugares de estacionamento automóvel que ainda existem hoje na Almirante Reis vão ser transferidos para parques e para vias públicas na envolvente, sendo que vão ser criados mais 105 lugares. No total, serão criados na zona 275 lugares de estacionamento tarifado.