O Supremo Tribunal francês rejeitou esta quarta-feira os recursos interpostos pelo ex-Presidente de França e tornou definitiva a condenação de Nicolas Sarkozy a três anos de prisão, um ano dos quais a cumprir pena sob pulseira eletrónica, com três anos de inelegibilidade.
O antigo chefe de Estado foi condenado pelos crimes de corrupção e tráfico de influências. Sarkozy vai “nas próximas semanas” recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem “para obter a garantia dos direitos que os juízes franceses lhe negaram”.
De acordo com o jornal francês Le Monde, estas penas, até agora suspensas, serão aplicadas e o ex-presidente, de 69 anos, será intimado perante um juiz de execução de sentenças para colocação de pulseira eletrónica. “Nicolas Sarkozy irá obviamente cumprir a sanção pronunciada, que agora é definitiva ”, disse o seu advogado, citado pela agência France Press.
A decisão sobre este caso, conhecido por caso Bismuth, surge no momento em que o antigo presidente gaulês deverá comparecer em tribunal, em Paris, a partir de 6 de janeiro, durante quatro meses, no âmbito de um processo por suspeita de financiamento ilícito da sua campanha presidencial de 2007.
No caso Bismuth, o antigo chefe de Estado tinha celebrado um “pacto de corrupção” com Gilbert Azibert, magistrado sénior do Tribunal de Cassação, em 2014, ao lado do seu histórico advogado Thierry Herzog, para que este transmita informações e tentasse influenciar com a promessa de “ajuda” para um cargo honorário no Mónaco.
Os três homens receberam a mesma sentença, com o advogado proibido de exercer durante três anos.