Os ‘pecadores’ do Martim Moniz reaparecem…

Afinal, a Rua do Benformoso é perigosa e os que lá vivem têm medo do que veem! A narrativa e perceções da extrema-esquerda começam a ser desmascaradas. Por outro lado, a ministra Margarida Blasco começa a ter cada vez menos espaço de manobra.

Ponto prévio: tenho simpatia por Margarida Blasco pelo trabalho que desenvolveu como inspetora-geral da Administração Interna e pelas suas ideias para as forças de segurança, nomeadamente pela escolha de Luís Carrilho para liderar a PSP. Este, que desempenhara no passado o cargo de diretor da polícia civil das Nações Unidas, nomeou, por sua vez, Luís Elias para o comando da PSP de Lisboa – que passara pela Europol, onde impera a melhor prática policial. A famosa rusga da Rua do Benformoso foi comandada por Luís Elias e Carrilho só terá tido conhecimento a posteriori. Deixemos os apartes para trás, e voltemos à ministra. Desde que tomou posse, tem-se revelado um desastre comunicacional a toda a prova, obrigando o primeiro-ministro a expor-se, calculo, mais do que gostaria. Devido à sua inabilidade, o Governo recorreu a uma agência de comunicação para tratar da ‘pasta’ do MAI, que tudo tem feito para distribuir jogo à sua medida. É essa empresa que filtra, vergonhosamente no meu entender, a informação policial que é distribuída à comunicação social. Mas, esta semana, passou-se algo que, imagino, essa empresa fez de uma forma brilhante, pois a oposição, que eu saiba, não exigiu a demissão de Margarida Blasco quando tinha tudo para o fazer. Então a ministra revoga a portaria que altera os requisitos de admissão ao curso de formação de agentes da PSP duas semanas depois de a ter aprovado, e sido publicada em Diário da República? Insólito, no mínimo.

Blasco tem ainda outro problema, a secretaria-geral do MAI funciona pessimamente, como o Tribunal de Contas veio esclarecer. A isso há ainda que juntar o estado em que está a Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária, que em vez de apostar na prevenção, aposta mais em transformar o organismo numa repartição das finanças. Por tudo isto, penso que a ministra é o elo mais fraco do Governo e não me parece que seja aceitável que Margarida Blasco tenha aprovado a portaria de admissão de agentes à PSP e não se tenha lembrado que tinha de falar com os sindicatos. Além de que aprovar o fim da altura mínima para concorrer à PSP também me parece um pouco invulgar…

Voltemos então aos comandantes da PSP, homens com um passado internacional que fala por si – e que nem sequer conheço pessoalmente. Depois da rusga da Rua do Benformoso houve alguma associação internacional que tenha reprovado a atuação da PSP? Zero! E a razão é muito simples: não há nada a apontar ao comportamento dos polícias, que cumpriram todas as regras internacionais, e porque aquela zona é de alto risco, como todos começam a ver agora com as reportagens que são feitas no local. A 3 de janeiro, o padre da Mouraria explicava, no Nascer do SOL, a evolução da zona e de como há 14 anos eram os brancos que eram encostados à parede e que não viu por lá nenhum partido de extrema-esquerda a ofender-se com esse facto.

O histerismo e aproveitamento dos partidos de extrema-esquerda sobre a rusga começam a ser desmascarados, como seria inevitável, e até Miguel Coelho, presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior, se afastou da rapaziada radical wokista, não tendo ido sequer à manifestação. Triste foi ver a posição de um partido do arco governativo associar-se a manifestações de ódio contra a Polícia. Alexandra Leitão, a candidata do PS_à Câmara de Lisboa, quis marcar posição, juntando-se à extrema-esquerda e pedindo uma nova forma de policiamento. Por acaso, Leitão saberá que a Polícia depois da morte de Odair está a apostar mais em operações musculadas para que um ‘par’ de agentes não se veja ‘obrigado’ a defender-se de forma extrema, correndo o risco de cometer riscos para si ou para os outros?…

Telegramas

Leite wokista

Quando em muitos países as empresas que entraram na ‘loucura’ woke estão a mudar de posicionamento, deixando a parvoíce do politicamente correto para trás, em Portugal as empresas de laticínios e algumas grandes superfícies decidiram mudar a designação de leite gordo para leite inteiro, por causa da ‘gordofobia’. Eu gordo me confesso! Não me tratem por inteiro!

Companhias indesejadas

O bispo de Setúbal fez ‘parte’ da lista de Pinto da Costa quando este se recandidatou à liderança do FC_Porto. Não terá Américo Aguiar de se penitenciar por ter sido ‘cúmplice’ de rapaziada tão pouco recomendável? É que os escândalos tornados públicos esta semana já eram conhecidos de muitos…

De Galinha a Águia

Marco Galinha, o empresário de comunicação social, e não só, já tem a máquina em andamento para conquistar o Benfica. Dizem-nos que não falta dinheiro e que ainda sonham com um possível regresso de Amorim se as coisas não lhe correrem bem por Manchester. Eu, se fosse Galinha, apostava noutro ‘mister’.

vitor.rainho@nascerdosol.pt