A aplicação chinesa Xiaohongshu (Rednote em inglês) está a popularizar-se nos Estados Unidos, tendo já conquistado o primeiro lugar no ranking das aplicações gratuitas mais descarregadas da App Store norte-americana. Estatísticas mostram que de 8 a 14 de janeiro, os downloads do Rednote em dispositivos móveis nos EUA aumentaram mais de 20 vezes em comparação com a semana anterior e mais de 30 vezes face ao mesmo período de 2024. Na plataforma, utilizadores dos EUA partilham fotos dos seus animais de estimação, avaliam looks, publicam conteúdos de comida e interagem com os assinantes chineses.
A causa deste fenómeno está ligada, principalmente, à ameaça da possível suspensão do TikTok naquele país. Muitos utilizadores americanos do TikTok optaram por migrar para o Rednote, autodenominando-se “refugiados do TikTok”. Além disso, os conteúdos desta plataforma, originais e interessantes, têm atraído o público dos Estados Unidos. Alguns utilizadores questionaram a acusação feita ao TikTok pelo governo americano como sendo uma ameaça à segurança nacional, e dizem esperar que esta nova aplicação possa tornar-se um espaço para intercâmbios culturais.
Alguns analistas comentaram: “Este fenómeno demonstra o desejo mútuo de conhecimento e diálogo entre chineses e norte-americanos. Apesar das tentativas de alguns políticos dos EUA de conter o desenvolvimento da China e prejudicar a sua imagem, a vontade de interagir entre os dois povos não pode ser contida”.
“Viajar para a China” transformou-se numa tendência internacional, graças às crescentes medidas para facilitar a entrada de estrangeiros naquele País. Muitos influenciadores americanos já visitaram o país, e publicaram comentários muito positivos sobre as suas experiências. Eis alguns exemplos: “Vi uma China moderna, bonita e viva”; “É muito diferente de como é descrita pelos meios de comunicação ocidentais”. Através dos seus testemunhos, da partilha de experiências interessantes, da descoberta da gastronomia e das pitorescas paisagens, mostraram ao mundo toda a autenticidade da China.
Dirigentes chineses afirmam, a este propósito:
“A esperança das relações sino-americanas está nos seus povos, a base são as pessoas, o futuro pertence aos jovens e a vitalidade manifesta-se nas comunidades. Foi precisamente a aproximação entre os povos que repetidamente trouxe as relações bilaterais de volta ao caminho correto em tempos difíceis. Atualmente, os dois povos provam mais uma vez esse facto: as portas do relacionamento China-EUA são abertas por chineses e norte-americanos, e uma vez abertas, não voltarão a fechar-se”.
Com a tomada de posse da nova administração dos EUA, espera-se que a liderança do país possa ouvir a voz de ambos os povos, que desejam intensificar os intercâmbios e a amizade, construindo conjuntamente com a China pontes para o diálogo e promovendo a estabilidade e o progresso das relações bilaterais.