A Rússia admitiu esta quinta-feira que a eliminação das consequências do derrame de petróleo no Mar Negro, causado pelo naufrágio de dois petroleiros russos em 15 de dezembro, poderá demorar anos.
“Nenhuma pessoa responsável pode dizer hoje quando é que a resolução do acidente estará concluída”, disse o representante especial do Presidente Vladimir Putin para a proteção da natureza, ecologia e transportes. “Não se sabe. Possivelmente, Deus nos livre, levará anos”, acrescentou Serguei Ivanov, citado pela agência noticiosa oficial TASS
Segundo a agência francesa AFP, Ivanov disse que a prática mundial mostra como é difícil combater os derrames de petróleo e recordou os que ocorreram nas águas dos EUA, no Alasca (1989) e ao largo da costa da Galiza, em Espanha (2002).
“Em 2007, no Mar de Azov, onde foi derramado muito menos petróleo, foi necessário mais de um ano para o limpar”, acrescentou.
Os petroleiros “Volgoneft 212” e “Volgoneft 239” transportavam 9.200 toneladas de fuelóleo e afundaram-se durante uma tempestade ao largo do estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov.
O primeiro partiu-se em dois a cerca de oito quilómetros da costa. O segundo andou à deriva durante várias horas e acabou por encalhar a cerca de 80 metros da costa em Krasnodar.
Os dois navios foram construídos há mais de 50 anos para a navegação fluvial e posteriormente adaptados à navegação marítima.