A ministra da Administração Interna exonerou Marcelo Carvalho como secretário-geral do ministério, apurou o Nascer do SOL.
O cargo será agora assumido por Ricardo Carrilho, que até agora desempenhava funções de secretário-geral adjunto.
Em causa está o recente relatório do Tribunal de Contas (TdC), que concluiu que a Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança (LPIEFSS),apresenta uma taxa de execução orçamental e financeira reduzida.
Segundo o mesmo documento do TdC, a secretaria-geral do MAI estabeleceu normativos e orientações técnicas para uniformização de procedimentos e de prestação de informação, “embora não haja evidência de que incluam indicadores quantitativos e qualitativos dos resultados esperados na execução dos projetos”.
Além de que o exame dos relatórios anuais de 2020 a 2023 continuou a não evidenciar a adoção de um modelo adequado de planeamento, tendo ainda demonstrado que não foram formulados objetivos concretos nem apresentados indicadores adequados para avaliar os resultados esperados e os impactos produzidos com a sua implementação.
Sublinhe-se que a posição de Marcelo Carvalho, que tomou posse ainda no Governo anterior com Eduardo Cabrita como ministro, já estava fragilizada perante a ministra Margarida Blasco, na sequência do roubo dos computadores.
No final de agosto do ano passado, cerca de uma dezena de computadores das instalações da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, na rua de São Mamede, em Lisboa, foram levados por um homem, que terá entrado por uma janela do 6.º andar através dos andaimes de um edifício que se encontra em obras, contíguo ao da Secretaria-Geral.