Museu Gulbenkian fecha mais de um ano para remodelação

Trabalhos visam ‘adequar o Museu aos padrões e requisitos atuais’, anuncia a instituição. Recaem sobre sistema de climatização, iluminação e segurança.

As portas do Museu Gulbenkian, em Lisboa, irão encerrar a 16 de março, um domingo, para só voltarem a abrir em julho do ano que vem. Nesses dezasseis meses de permeio, as instalações sofrerão uma remodelação geral, tanto a nível técnico como da apresentação das peças e acessibilidade.
Uma seleção de cerca de duas centenas de obras da coleção será entretanto transferida para a galeria do piso inferior da sede, onde estará em exposição – mas só entre 11 de abril e 1 de setembro deste ano.


«Os trabalhos […] preveem a renovação do sistema de climatização, de iluminação e de segurança, de modo a adequar o Museu aos padrões e requisitos atuais no que toca à conservação e apresentação da coleção», avança a Fundação. «Será ainda realizada uma harmonização geral das várias galerias, sujeitas a intervenções ao longo dos anos, com o objetivo de reafirmar o ideário do projeto original do Museu Gulbenkian. Esta intervenção vai também garantir uma maior clareza e legibilidade no acesso às obras expostas, incluindo mais informação com enfoque na figura do colecionador e na investigação sobre a Coleção».


Inaugurado em outubro de 1969, o Museu Gulbenkian já foi objeto de diversas intervenções ao longo da sua história. A Sala Lalique, por exemplo, esteve encerrada ao público entre 1985 e 1996. Mas uma das mais marcantes foi a que se realizou entre 1999 e 2001, em que se procedeu à substituição de sistemas de iluminação e de ar condicionado. Na altura, um conjunto de cerca de 80 obras da coleção viajou para Nova Iorque, estando em destaque no Museu Metropolitan, na exposição Only the Best. Em 2016, foi a vez de a Galeria de Artes Decorativas Francesas do Século XVIII ser alvo de renovação.


Esta campanha de obras segue-se à recente reabertura, após remodelação profunda, do Centro de Arte de Moderna, com projeto do arquiteto japonês Kengo Kuma. Enquanto o museu estiver encerrado, algumas pinturas serão restauradas e analisadas num processo que conta com a colaboração do Laboratório Hércules da Universidade de Évora.