Nos primeiros dez meses de 2024 morreram nas estradas portuguesas 405 pessoas no local do acidente ou a caminho do hospital. De acordo com o Relatório Outubro 2024 da Sinistralidade a 24 Horas, elaborado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), divulgado esta quarta-feira, naquele período registaram-se 1.633 acidentes, dos quais resultaram ainda 2.304 feridos graves e 37.081 ligeiros.
A ANSR acrescenta que face a 2019, ano definido pela Comissão Europeia como referência “para efeitos da avaliação da evolução da sinistralidade rodoviário durante a presente década”, registaram-se mais 718 acidentes, menos 35 mortos, mais 154 feridos graves e menos 316 ligeiros.
Em Portugal continental, a maioria dos 30.226 acidentes com vítimas contabilizados entre 1 de janeiro e 30 de outubro ocorreu com bom tempo (82,1%) e dentro das localidades (79,2%), onde o número de mortos aumentou face a 2019 e a 2023.
Os distritos com mais acidentes foram os de Lisboa (6.317), Porto (5.262) e Braga (2.741).
Do total de 392 vítimas mortais registadas no continente, 288 foram condutores, 45 passageiros dos veículos sinistrados e 59 peões.
O relatório assinala ainda que, em comparação com 2023, “houve em 2024 um aumento na circulação rodoviária, o que corresponde a um acréscimo no risco de acidentes, de acordo com a informação atualmente disponibilizada pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes”.
De acordo com o documento, nos primeiros dez meses de 2024 foram detetadas pelas autoridades um total de 1.003.253 infrações rodoviárias, das quais 701.618 por excesso de velocidade, 46.683 por falta de inspeção periódica obrigatória e 23.161 por condução sob o efeito do álcool.