É oficial: os chats de Inteligência Artificial chegaram para conquistar o estatuto
de contacto de emergência.
Respondem de forma imediata à dúvida mais banal, mas igualmente à mais complexa.
Não faltam histórias de quem lhes pede assistência diária, afinal a ideia de falar para o boneco ganhou uma nova dimensão nas relações interpessoais. A grande diferença é que os “ouvintes” virtuais processam a informação que lhes é apresentada. E, depois da exposição, dão respostas. Mais: de forma imediata.
Os vários ingredientes de que a IA dispõe tornam o seu uso ainda mais tentador quando o tempo atual não guarda margem para esperas.
Nem para dúvidas ou ausências de resposta,
aparentemente.
Os chats de IA apresentam-se ainda como a pessoa que o consulta quiser: ou seja, pode ser um mero ajudante ou o máximo confidente.
Nos cafés já se ouve mencionar os famosos chats quando não se consegue chegar a um consenso.
Ganhou igualmente a responsabilidade de validar os melhores argumentos e recomendar as soluções mais viáveis para quaisquer circunstâncias; dos desentendimentos amorosos ou laborais aos roteiros
de viagens.
E confirma que o seu trabalho está a ser bem feito quando as suas respostas vão ao encontro das afirmações dos amigos e familiares.
Se a IA erra pretende corrigir-se, aliás, melhorar-se, apresentando-se assim tal como nós.
Num mundo da fantasia onde todos os nossos problemas serão resolvidos por ajudantes virtuais, não é difícil adivinhar como estes chats vão ser igualmente os novos pediatras dos bebés. Mesmo que o assistente não tenha bata e o bebé reborn não tenha vida
– no fim voltamos ao início, seja a falar para o boneco ou a cuidar dele.
Uma nova tendência para adultos com o Dia Mundial da Criança à porta.
Mas qualquer chat arranjará resposta para todos estes cenários. E ainda apresenta justificação.