EUA anunciam saída da UNESCO

Esta é a terceira vez que os EUA se retiram da organização com sede em Paris

Os EUA anunciaram que vão voltar a abandonar a UNESCO, a agência das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura, apenas dois anos após a sua adesão.

A porta-voz do Departamento de Estado associou a retirada ao que Washington considera ser o esforço da UNESCO para “promover causas sociais e culturais fraturantes”. 

Tammy Bruce acrescentou que a decisão de admitir o “Estado da Palestina” como membro é “altamente problemática, contrária à política dos EUA, e contribuiu para a proliferação da retórica anti-Israel no seio da organização”.

Esta é a terceira vez que os EUA se retiram da UNESCO, que tem sede em Paris, e a segunda vez durante a era Trump, que já o tinha feito durante o primeiro mandato. 

Apesar dos EUA contribuírem com uma parte significativa do orçamento da UNESCO, a organização, escreve a Associated Press, deveria ser capaz de se desenvencilhar sem o financiamento americano. 

A quota-parte dos EUA no financiamento tem vindo a diminuir nos últimos anos e representa atualmente apenas 8% do orçamento total da UNESCO, com outros países a aumentarem as suas contribuições.

Os EUA retiraram-se da UNESCO em 1984, durante o mandato do Presidente Reagan, alegando má gestão, corrupção e acusações de que a agência estava a promover os interesses soviéticos. Voltaram a aderir em 2003, durante a presidência de George W. Bush.

Em 2017, a administração Trump anunciou a segunda retirada do país devido a preocupações semelhantes sobre o preconceito anti-Israel, que entrou em vigor um ano depois. 

Os EUA e Israel já tinham deixado de financiar a UNESCO depois da organização ter votado a favor da inclusão da Palestina como Estado membro em 2011.