A necessidade de ‘prestigiar’ os migrantes

São milhares os que correm risco de vida e que gastam o que não têm para chegar à Europa, mas o velho continente não deve promover esse tipo de turismo. Deve, sim, contratá-los nos seus países de origem, até para não serem escravizados pelas máfias locais e nacionais.

Já vi alguns documentários, li muitas reportagens, mas não me consigo meter na pele de um migrante que dá o dinheiro que não tem aos esclavagistas modernos – como o eram no passado quando vendiam os seus ‘irmãos’ -, que corre risco de vida , enfrentando mares agrestes, tudo em nome de uma vida que desconhece. A odisseia por que passam é assustadora, mas, na verdade, tirando aqueles que são escravizados em quintas isoladas – não faltam casos em Espanha, falando-se de situações isoladas em Portugal – ou que são obrigados a prostituir-se, ao chegarem a Portugal e à Europa têm uma vida muito melhor do que a que tinham na terra natal. E é por isso que se sujeitam a tudo, provocando confusão em países como Portugal, que não estão preparados a nível de saúde, habitação ou ensino. E depois há outro problema que agrava as desconfianças, pois aceitam ordenados muito baixos, fazendo com que os portugueses cada vez mais prefiram ‘safar-se’ em biscates, do que sujeitar-se ao ordenado mínimo, com mais uns pozinhos.

Estou perfeitamente convencido de que a larga maioria dos imigrantes está em Portugal à procura de uma vida melhor e que só deseja viver em paz – não falando daqueles que são ricos e fugiram à violência dos seus países, ou dos que são bandidos e escolheram o nosso país para continuar a praticar o crime -, mas há sinais que não devem ser esquecidos para que a integração seja uma realidade e que todos possam conviver em harmonia. Não percebo a razão para não se dar destaque ao que dizem personagens como o sheik Munir ou outros líderes muçulmanos que alertam a Europa para o que se vai passar. Quem vem por bem e aceita a nossa cultura, que se instale e seja feliz. Quem pensa, no fundo, contribuir para a contra-cruzada do século XXI não faz qualquer falta e pode regressar ao seu país, como dizia, e muito bem, o sheik Munir.

Não é preciso andar muito para trás na História, para perceber que, nos últimos 50 anos, foram os regimes europeus mais permissivos que contribuíram para o crescimento dos fundamentalistas. Não será preciso recordar como a França deu cobertura ao ayatollah Khomeini, ou como outros países alimentaram teorias de libertação de fações oprimidas por amigos do Ocidente no Oriente.

Pelo que leio, os países nórdicos estão a passar por um período muito complicado pois os fundamentalistas muçulmanos querem tomar conta das suas cidades. O mesmo se lê do Reino Unido. Quem fala destes assuntos é logo catalogado de fascista ou nazi. A estupidez dos wokistas não tem limites. Portugal não consegue viver sem imigrantes e vai precisar de muitos. Mas precisa daqueles que respeitem os nossos costumes, que reconheçam que as mulheres têm os mesmos direitos e que saibam que dispensamos ver mulheres com burka nos espaços públicos, pois isso ofende os nossos costumes e a dignidade da mulher.

Em vez de defendermos uma sociedade próspera, onde os imigrantes ganham o mesmo que os nacionais, onde as mulheres estrangeiras têm os mesmos direitos, onde aqueles que querem ser portugueses aprendem a língua e respeitam a Constituição, protegemos os novos senhores da escravatura que tanto exploram os seus concidadãos, defendendo que devemos ter as portas abertas para todos os novos escravos. Não, Portugal deve ser conhecido por ser um país onde os imigrantes que respeitam as leis podem trabalhar e viver, mas não se podem aventurar a vir em barquitos, pois não há espaço para esses. Se assim pensarem, apesar de Portugal estar ‘protegido’ pelo oceano Atlântico, corremos o risco de nos transformarmos numa Itália…

P. S. Os nadadores salvadores são um magnífico exemplo do que deve ser a imigração. Antes de virem para Portugal inscrevem-se nas associações locais e assinam contratos de três meses. Aqueles que querem ficar por cá, procuram trabalhar no inverno nas piscinas municipais e muitos acabam por não mais deixar Portugal.

Telegramas

Uma entrevista demolidora
Armindo Monteiro deu uma entrevista ao Nascer do SOL que devia ser de leitura obrigatória para os sindicatos. O chefe dos patrões explicou como já é sabido os dias em que os trabalhadores vão ‘meter’ autobaixa’ em 2026. Junto às pontes, como não podia deixar de ser. Só este ano, e de acordo com o insuspeito Público, 52 mil pessoas já esgotaram o plafond de duas ‘autobaixas’. Palavras para quê?

Seja bem-vinda Nicole Kidman
Causou alguma urticária a muito boa gente o facto de a atriz Nicole Kidman querer comprar casa em Portugal e de tentar conseguir um atestado de residência, passando à frente de milhares de imigrantes. Por muito que a vida seja injusta, é óbvio que a atriz deve conseguir o certificado de residência até porque vai gastar dinheiro no país, criando riqueza para quem trabalhar para ela, e não só. Certamente que nenhum contribuinte vai ter de pagar do seu bolso para a atriz ter acesso aos serviços sociais portugueses. É tão simples como isto!