Semanário Badaladas vendido pela paróquia a privados

Razões de “ligação à terra de origem e oportunidade de dar continuidade a um jornal com uma história ímpar na região Oeste” motivaram a aquisição do semanário

O jornal Badaladas foi vendido pela paróquia local a privados. O semanário de Torres Vedras, com 77 anos de existência, foi cedido pela Fábrica da Igreja de Torres Vedras à empresa Gestivedras e a Carlos Eugénio. 

“O custo espelhou o valor da marca que existe há 77 anos”, disse esta sexta-feira Carlos Eugénio à agência Lusa, sem revelar o montante envolvido no negócio, mas afirmando querer investir na sua inovação. 

Este órgão de comunicação social atravessava problemas financeiros, existindo nos últimos anos vontade da paróquia em deixar de ser sua proprietária. “A Fábrica da Igreja, antiga proprietária, acreditou no projeto de inovação que foi apresentado e, assim, abriu mão de um semanário tão importante para a comunidade”, adiantaram os novos proprietários.

Os novos proprietários afirmam que razões de “ligação à terra de origem e oportunidade de dar continuidade a um jornal com uma história ímpar na região Oeste” motivaram a aquisição do semanário e pretendem que o jornal continue a ser “um bastião da informação livre e independente” na região.

Carlos Eugénio afirmou que a intenção é investir no desenvolvimento tecnológico e humano do semanário, continuando a distribuir o jornal em papel, “revisitado e adaptado às novas gerações”, mas potenciando a distribuição dos conteúdos nos canais digitais.

O Badaladas começou a ser editado em 1948 como boletim paroquial de Torres Vedras, tornando-se em 1961 jornal semanário de inspiração cristã. Em 1977, foi doado à Fábrica da Igreja de Torres Vedras pelo padre Joaquim Maria de Sousa, seu primeiro proprietário e fundador.