O BCP registou um lucro de 775,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Trata-se de um aumento de 8,7% face a igual período do ano passado. A operação em Portugal subiu 8% passando de 606 milhões para 654,5 milhões de euros, já as operações internacionais aumentaram quase 20%, atingindo os 230,7 milhões de euros.
De acordo com a instituição financeira liderada por Miguel Maya, “o crescimento do resultado líquido do grupo face aos primeiros nove meses de 2024 foi determinado pelo desempenho favorável quer da atividade em Portugal, quer da subsidiária polaca, sendo que os resultados apresentados pelo Millennium bim em Moçambique se revelaram inferiores face aos alcançados no período homólogo do ano anterior, condicionados pelos impactos associados à dívida soberana daquele país”.
A margem financeira (diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos) subiu 2,6% para 2.166,6 milhões de euros, enquanto as comissões (líquidas) cresceram 4% para 628,8 milhões de euros. “Em termos consolidados, o desempenho favorável das comissões líquidas decorreu do crescimento quer das comissões bancárias, quer das comissões relacionadas com os mercados financeiros”, explica a instituição financeira.
Por seu lado, os recursos totais de clientes no grupo crescem 8,6% para 109,5 mil milhões e o crédito a clientes aumentou 4,9% para 61,5 mil milhões face a setembro de 2024. No entanto, em Portugal, o crédito a clientes aumentou 7,2% (+2,9 mil milhões) e os recursos totais de clientes aumentaram 6,3% (+4,4 mil milhões).
Os custos com pessoal atingiram o 575,3 milhões, um aumento face aos 522,7 milhões de euros registados em igual período do ano passado. De acordo com o BCP, “quer na atividade em Portugal quer principalmente na atividade internacional, os custos com o pessoal foram superiores face aos verificados nos primeiros nove meses do ano anterior”.