Mariana acabou com a guerra

Esta estadista internacional tinha-se já destacado por ter tentado acabar com vários flagelos da Humanidade como o Alojamento Local e os senhorios. E assim, ante a impotência da ONU, decidiu meter as mãos na massa e os pés num barco

A prova de que a comunicação social é tendenciosa e está contaminada por fanáticos que confundem o jornalismo com a doutrinação política é a seguinte notícia: Trump acaba com a guerra em Gaza. Nada mais falso. A guerra até acabou, pelo menos durante algumas semanas, mas não foi Trump o artífice da paz. 

Foi Mariana Mortágua.

Esta estadista internacional tinha-se já destacado por ter tentado acabar com vários flagelos da Humanidade como o Alojamento Local e os senhorios. E assim, ante a impotência da ONU, decidiu meter as mãos na massa e os pés num barco. Foi o que bastou para acabar com a guerra entre Israel e a Palestina.

O Hamas, mal soube que ela vinha a caminho, entrou em pânico. Se viesse só a Greta até aguentariam, mas a possibilidade de Mariana Mortágua desembarcar em Gaza aterrorizou-os. «Mil vezes o Tzahal e o Shin Bet» – disseram os comandantes.

Já algum tempo que o Hamas estava com os cabelos em pé devido às manifestações de amizade no Ocidente onde se juntavam infiéis, mulheres com a cara e as pernas destapadas, homossexuais, lésbicas, transexuais, e outros pecadores que eles costumam prender, torturar e matar.

A princípio, aquelas paradas estrambólicas divertiram-nos pela confirmação da decadência ocidental. Só num Ocidente alucinado poderiam milhares de pessoas manifestar apoio a uma causa que oprime os valores de que se proclamam guardiões: democracia, liberdade de expressão, igualdade entre os sexos, defesa dos direitos LGBTQIA+.

«Se eles viessem fazer uma LGBTQIA+ Pride em Gaza, não íamos ter túneis suficientes para os prender» – disse um comandante.

«Ora essa, pedíamos mais dinheiro à União Europeia» – disse outro.

Portanto, com mais ou menos keffiyeh no pescoço de infiéis, ou a própria Greta de megafone na mão na Esplanada das Mesquitas, o Hamas até aguentava. Mas com Mariana Mortágua, não.

Porém, o próprio Netanyahu, ante a possibilidade de Mariana entrar no Knesset, lhe chamar genocida e dar duas bofetadas, e, aproveitando o momento, tentar acabar com o Alojamento Local em Israel, também se assustou. Recorreu, então, a uma arma secreta judaica contra Mariana: o ritual Kaparot – passar os pecados para uma galinha – não para se purificar, mas para a transformar num frango. Como não resultou, a Mossad foi encontrá-lo escondido atrás do Muro das Lamentações. 

«Não tenha medo dessa pequena mulher» – disse um agente secreto machista.

Ao que Bibi respondeu – «Pequeno era David e vejam o que fez a Golias. Com as Mortáguas não se brinca».

Em suma, não foi Trump, nem o Qatar, o Egito e Turquia, quem pressionou o Hamas a devolver os reféns e Israel a parar com os ataques a Gaza. Foi Mariana Mortágua.

E é provável que em breve se meta num comboio elétrico rumo ao Kremlin para acabar com a guerra na Ucrânia e o Alojamento Local na Rússia. Dizem que Putin já tem um plano de fuga para a Coreia do Norte.