A nova geração herda caraterísticas do primeiro modelo, nomeadamente uma imagem apelativa e diferenciadora e um interior espaçoso e versátil. Do ponto de vista estético, há detalhes marcantes neste SUV elétrico, caso dos faróis LED arredondados e grelha iluminada à frente, terceiro vidro lateral e faróis traseiros na vertical numa cópia perfeita do modelo original.
Tendo em consideração que é um carro utilitário, a habitabilidade é um ponto positivo, já que tem espaço suficiente para cinco pessoas e os bancos são confortáveis. A bagageira é das maiores do segmento B (de 420 a 1.405 litros) e rebatendo os bancos traseiros é possível transportar objetos com 2,2 metros de comprimento como, por exemplo, pranchas de surf. A posição de condução um pouco elevada permite ter um bom campo de visão, mas nem sempre é assim e os encostos de cabeça traseiros limitam bastante a visibilidade.
Em termos de equipamento, destaque para o sistema multimédia OpenR link, que surge integrado com o sistema de som Arkamys Auditorium. O sistema de infoentretenimento é muito intuitivo e fácil de utilizar a partir do ecrã de 10,1 polegadas. Referência também para o assistente virtual Reno, que inclui comandos de voz e responde com prontidão a uma série de pedidos, além de saudar os ocupantes à entrada e saída do veículo. A nível de segurança ativa e passiva, o R4 E-Tech vem equipado com 26 sistemas avançados de ajuda à condução ADAS.
O Renault 4 E-Tech tem por base a plataforma Ampr Small, usada também pelo Renault 5, onde é montado um motor elétrico de 150 cv (110 kW), alimentado por uma bateria de 52 kWh que, em teoria, garante uma autonomia até 400 km (ciclo WLTP). A resposta ao acelerador é convincente; atinge os 150 km/h de velocidade máxima e acelera de 0 a 100 km/h em 8,2 s. O consumo anunciado é de 15,6 kWh, num percurso misto cidade/estrada o consumo registado não andou muito longe desse valor. Recarregar o Renault 4 E-Tech de 150 cv de 10 a 100% demora quatro horas e meia a 11 kW e, no carregamento rápido, vai de 15 a 80% em apenas 30 minutos.
Este modelo recebe um eixo traseiro multilink, uma raridade no segmento, e isso reflete-se no comportamento dinâmico. A afinação da suspensão privilegia o conforto, absorve bem o piso irregular e praticamente não há movimentos de carroçaria em curvas de maior apoio. O Renault 4 mostra-se um carro ágil, seguro e muito fácil de conduzir, mesmo quando andamos um pouco mais depressa.
Com o Multi-Sense é possível escolher o modo de condução entre Eco, Comfort, Sport e Perso, qualquer um deles transmite sensações diferentes. Naturalmente que o Sport é o mais entusiasmante, mas é também o que gasta mais energia podendo chegar aos 20,4 kWh. Mas vale a pena. Este modelo dispõe também de três níveis de travagem regenerativa, incluindo a novidade One Pedal, que ajuda a parar o carro sem utilizar o travão, solução bastante prática em cidade. A direção suave e precisa facilita as manobras em cidade e transmite uma boa sensação de agilidade em estrada.
A versão Iconic custa 37.240 euros e acaba por ser uma proposta interessante tendo em conta o equipamento e a aposta na digitalização e sustentabilidade.






