30 mil queixas por excesso de horas à espera nos hospitais e centros de saúde

As horas de espera que os utentes passam nos serviços de saúde para conseguirem receber cuidados médicos são as situações que originam mais reclamações. 

Segundo o relatório de actividades da Inspecção-geral das Actividades em Saúde (IGAS), que na sexta-feira será publicado no site deste organismo, o tempo de espera gerou 15.944 queixas, em 2011, e 13.890, em 2012. 

A diminuição do número de reclamações resulta, de acordo com a IGAS, do facto de se ter verificado também uma quebra da actividade dos estabelecimentos de saúde.

Os dados foram apurados através de um inquérito feito a 88 hospitais, oito unidades locais de saúde e 56 agrupamentos de centros de saúde.

O documento refere ainda que as unidades de saúde não estão a cumprir devidamente o tempo de resposta aos cidadãos que reclamam no livro amarelo. Segundo a IGAS, os hospitais demoraram, em média, entre 62 e 64 dias a responder e os centros de saúde entre 39 a 42 dias. 

Ao todo, 117 entidades não cumpriram, em 2011, os prazos estabelecidos por lei para dar uma resposta ao utente, numero que subiu para 127, em 2012.

catarina.guerreiro@sol.pt