O movimento, que também tem representação em Portugal, é conhecido pelas suas posições altamente críticas do Vaticano, principalmente no que toca ao papel da mulher, defendendo abertamente a sua ordenação. Além deste tema, os seus membros têm criticado a centralidade de Roma na coordenação da Igreja Católica, bem como a sua posição em relação aos homossexuais, e defendido o fim do celibato obrigatório.
A polémica sobre as celebrações dirigidas por Martha Heizer surgiu há três anos, quando esta anunciou a intenção de celebrar missas em sua casa, em Absam, uma pequena cidade perto de Innsbruck. Desafiando abertamente a Santa Sé, passou a fazê-lo com regularidade e juntamente com outros crentes, entre os quais o seu marido que também foi alvo de excomunhão.
Martha Heizer já afirmou não aceitar esta decisão papal, criticando a forma como o processo foi conduzido pela Congregação para a Doutrina da Fé, que nomeou uma comissão para acompanhar o caso, apresentando-o depois ao Papa Francisco, que tomou a decisão.
Em comunicado, a líder do movimento católico diz-se “chocada” por estar a ser alvo da mesma sanção disciplinar a que são submetidos, por exemplo, alguns padres pedófilos. Segundo as regras canónicas, a simulação de uma missa (a cerimónia mais sagrada para os católicos) constitui um delito grave que pode ser punido com a expulsão da Igreja.